O mundo contemporâneo é cercado por múltiplas ideias, múltiplas opiniões, múltiplos pontos de vista. São tantas vozes, tantas notícias, tantas opiniões. Torna-se indispensável, assim, que esta pluralidade não afete o ser humano na sua totalidade, na sua afetividade e sexualidade, na sua vivência cotidiana, na sua capacidade de transcendência, de abertura ao outro. De fato, torna-se necessário que todas estas áreas da vida humana sejam iluminadas pela fé, que proporcionará um sentido mais pleno e mais verdadeiro ao ser humano.
Para quem é cristão, os desafios não são diferentes. Diante desta diversidade, destes pluralismos, sejam eles culturais, sociais, ideológicos ou religiosos, faz-se necessário que os cristãos sejam cada vez mais conscientes do que são e do que acreditam.
De fato, os cristãos creem que a dignidade mais sublime do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus. A vocação remete o ser humano a Deus, seu sentido e sua meta. Este mesmo Deus que inscreveu no coração humano o desejo de vê-Lo. Mesmo que, muitas vezes, o ser humano o ignore, Deus não cessa de atrair cada ser humano para si, cativando-o e fazendo com que ele compreenda que a plenitude de verdade e de felicidade está em Deus. Por natureza e por vocação, o homem é um ser religioso, capaz de entrar em comunhão com o seu Criador. É este vínculo íntimo e vital com Deus que confere ao ser humano a sua dignidade fundamental.
Cristo é o modelo da dignidade
Deus quis tanto cativar o ser humano, que se fez homem e habitou entre nós. Jesus Cristo é este Deus feito homem e é o modelo de ser humano plenamente consciente desta sua dignidade fundamental de Filho amado. O Filho de Deus ensina a cada um a viver a sua dignidade fundamental, pelo Seu exemplo, pela Sua entrega, pela Sua vida orante, pela Sua simplicidade, pelo Seu acolhimento.
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Retorne às origens cristãs
O seguimento de Cristo, do seu Evangelho, no testemunho do dia a dia, o acolhimento do Seu amor misericordioso, que também gera responsabilidade e compromisso com os outros, são as molas propulsoras que levarão o cristão à sua configuração maior a Cristo, a restaurar em si aquela imagem e semelhança de Deus, talvez desfigurada pelo egoísmo, pela falta de amor, pelo desespero, pelo pecado.
É tempo de despertar, é tempo de voltar às origens, é tempo de ser amado por Deus e de amar. Mãos à obra!