Medo!? Por que?

Quem nunca sentiu medo, algum dia na vida?
Quando crianças, geralmente temos medo do escuro. Já na adolescência, sentimos medos e expressamos pela timidez; que nos retrai quando estamos fora de nosso círculo de amigos. Na juventude, vem a insegurança diante do futuro, dos desafios da vida, das incertezas no trabalho, na afetividade. Já na idade adulta tememos não ser aceitos, os revezes financeiros, a solidão da velhice, a doença, a morte e tantas outras coisas. Ou seja, em qualquer etapa da vida, temos sempre a companhia deste sentimento forte que nos leva onde nunca imaginamos ir. “Porque, viver já é correr riscos…” diz o poeta.

Mas, então, o que fazer quanto ao medo? Como eliminá-lo para que tenhamos a coragem de enfrentar os riscos, de correr os perigos e vencer na vida?
Esta pode ser sua pergunta, como já foi a minha, até fazer a descoberta que partilho: “Não devemos eliminar o medo!”

O escritor e promotor de marketing Paulo Angelim aconselha: “Suspeite de todas as vezes que você estiver preste a tomar uma grande decisão, e não estiver sentindo medo algum em tomá-la”.
E explica porque: “Sem o medo, a força que lhe empurraria sobre o perigo não seria a coragem, e sim a temeridade, que significa ousadia excessiva ou imprudência. Isso é insensatez. O medo é um estado afetivo, é um sentimento. Quando temos medo, é porque pensamos. E isso é bom, pois o medo não ocorre porque existe a ameaça, o risco, mas porque temos dúvidas de estar ou não devidamente preparados para combater ou assumir as conseqüências da escolha. Ora, isso é prudência. E aí chegamos ao ponto: PRUDÊNCIA. Saiba que o medo é componente integrante daqueles que são prudentes. Prudente é aquele cauteloso, sensato, ajuizado. E se ser prudente é uma virtude, e se a prudência é decorrência do medo, viva o medo, não podemos eliminá-lo.”

Compreendo que devemos ser ousados e prudentes! Ou seja, alguém que faz as escolhas, avança sobre os riscos, mas consciente e preparado para arcar com as conseqüências.

É preciso coragem! No entanto, já aprendemos que coragem não significa ausência de medo, e sim a firmeza de enfrentar o perigo apesar do sentimento.
Portanto, se você sentir medo na hora de decidir, tenha também a coragem de arriscar e, lembre-se que é o próprio Deus através de sua Palavra que nos convida a confiar e agir: “Quem confia no Senhor é como o monte de Sião, nada o pode abalar, porque é firme para sempre.”

Melhor mesmo é fazermos as pazes com o medo e tirarmos bom proveito da inspiração que este sentimento nos traz. Que Deus nos ajude!