Vida Eterna

Finados: somente a fé é capaz de dar significado a esta data

Finados é um dia  para refletir sobre a vida, a memória e a eterna saudade daqueles que amamos

Para alguns, finados é um feriado gostoso, ocasião de sair para “esfriar a cabeça”. Para outros, é dia de lembrar tudo, menos a morte ou as pessoas que já faleceram. Para outros ainda, é um dia trágico, pois, de certa forma, antecipa a cada ano o que seremos todos um dia. Mas, graças a Deus, para muitos, é um dia de esperança e comunhão com quem amamos e continuamos a amar, apesar de termos perdido sua presença física neste mundo chamado de vale de lágrimas.

Finados: somente a fé é capaz de dar significado a esta data

Créditos: Bruno Marques/cancaonova.com

A esperança cristã no Dia de Finados

Este dia nos convida a refletir não sobre a morte, mas sim sobre a vida. O nosso Deus é “o Deus dos vivos, e não dos mortos”. As pessoas que já partiram desta vida não estão mortas; para Deus, elas não estão mortas, portanto, nossa oração ainda pode atingi-las. Por isso rezamos por essas pessoas no transcorrer do ano e dedicamos um dia especial a elas.

Ao rezar pelas pessoas que não estão mais presentes no meio de nós, quem sabe se, neste dia, graças às nossas orações e preces, elas não foram purificadas definitivamente e entraram na alegria de Deus? Ele quer a vitória sobre a morte pela Morte de Jesus Cristo. Só a fé em Jesus Cristo, morto por nós, pode vencer a morte.

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Finados é um tempo de reflexão e fé

Somente a fé verdadeira é capaz de dar um novo significado para toda a nossa vida. Como diz o texto do Evangelho: “Aquele que vem a mim nunca terá fome, aquele que crê em mim nunca terá sede”. Podemos acrescentar: “Aquele que crê em mim e vem a mim possuirá a vida eterna“. Por isso, rezemos pelos nossos irmãos defuntos, na firme certeza de que, um dia, os nossos sucessores também rezem por nós!

A Mãe Igreja, ao relembrar os defuntos, convoca a todos para confrontar-nos com o enigma da morte e, por conseguinte, como viver bem, como encontrar a felicidade. E este Salmo responde: “Bem-aventurado o homem que doa; bem-aventurado o homem que não usa a vida para si mesmo, mas partilha; feliz o homem que é misericordioso, bom e justo; feliz o homem que vive do amor de Deus e do próximo”. Assim, viveremos bem e não devemos ter receio da morte, porque estamos na felicidade que provém de Deus.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG