Dia 26 de julho é o Dia dos Avós, uma data celebrativa relacionada à memória litúrgica de Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus.
Sempre comentamos sobre como deveria ter sido a atmosfera da Sagrada Família – Jesus, Maria e José. O clima de aconchego, o amor e a entrega ao Pai. Contudo, foi na casa de seus pais que Nossa Senhora recebeu muitos ensinamentos da cultura, das tradições judaicas e sobre como ser esposa e mãe.
Podemos viajar no tempo e imaginar a intimidade entre Maria e Ana, e a firmeza e segurança que a jovem poderia encontrar em seu pai Joaquim. Ela estava prometida em casamento quando recebeu o anúncio do anjo de que seria a Mãe do Salvador. Depois, veio o casamento com José e o nascimento do Menino Jesus.
Conheça quem foram Sant’Ana e São Joaquim, avós de Jesus, e qual a importância deles na Sagrada Família
Nos acontecimentos narrados nos Evangelhos, não há menções sobre Sant’Ana e São Joaquim, e não há informações sobre quando morreram. Não sabemos, portanto, se, de fato, os pais de Maria acompanharam todos os passos da Sagrada Família. Entretanto, se acompanharam, como pode ter sido grande a alegria deles no nascimento do neto!
Antes, talvez, uma certa preocupação, porque Maria partiu grávida para Belém, onde José faria o recenseamento da família. Uma viagem longa, e até voltar da Judeia à Galileia, região da cidade de Nazaré, Joaquim e Ana viviam a expectativa para conhecer o Menino.
Quando eles retornaram, que encontro bendito e feliz! Como esses avós poderiam ter o coração dilatado de tanto amor e felicidade! Eles, que eram considerados estéreis e receberam a graça de conceber Maria, estavam vendo “O Fruto” e a perpetuação de sua família por todas as gerações.
E conforme Jesus crescia – se ainda estivessem vivos -, aumentaria o carinho e a dedicação pelo tão querido neto. Quanta humanidade em Deus! Quanta lição para os tempos atuais!
Memórias de uma família e de um lugar que ainda estão vivos!
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O lugar de origem de Ana
De acordo com uma antiga tradição, Sant’Ana nasceu na cidade de Séforis, capital da Galileia, a partir do ano 55 antes de Cristo, habitada sobretudo por judeus. A localidade está a cerca de 10km de Nazaré, e parte do território pertence, atualmente, ao Parque Nacional de Séforis, do Estado de Israel.
Sua história data do primeiro século antes de Cristo, no período helenístico. O nome “Séforis” é derivado do hebraico “Zippori” (“pássaro”) pelo fato de a cidade estar sobre a colina como um pássaro. A chamada “Pérola da Galileia” era uma região muito desenvolvida onde conviviam pacificamente pessoas de diferentes procedências culturais e religiosas e tido como um grande polo de trabalho. Acredita-se que José e Jesus iam de Nazaré para Séforis quando da realização de algum de seus trabalhos.
No início do cristianismo, admite-se que ali viveu uma comunidade judaico-cristã que reconhecia Jesus como Messias. A tradição de Seforis ser o local de origem de Ana é confirmada pelos resquícios da igreja da época cruzada com três naves dedicadas a ela.
As ruínas desse templo estão no entorno do Parque Nacional, no terreno adquirido pela Custódia da Terra Santa em 1841. O santuário, por exemplo, conserva, ainda em boas condições, as absides e, em todo dia 26 de julho, o reitor da Basílica da Anunciação e também guardião do Santuário de Sant’Ana preside a Santa Missa da memória litúrgica de Sant’Ana e São Joaquim, e em ação de graças por todos os vovôs e vovós!