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Dia do trabalho: coronavírus e ócio criativo

O dia 1º de maio, em que se comemora o Dia do Trabalho e do Trabalhador, já foi marcado por comemorações, manifestações, homenagens, shows, passeatas, almoços e jantares especiais. Trata-se de um feriado em que muitas pessoas também viajam e tiram o dia para não fazer nada. Bem, como eu disse, já foi assim.

Após o novo coronavírus ter invadido o mundo, as nossas rotinas e ter alterado a vida de trabalhadores formais e informais, estamos vivendo tempos diferentes, instáveis. Mais uma data de 2020 que será celebrada diferente. Aliás, as mudanças estão gritando ao nosso redor. Não dividimos ambientes de trabalho, mesas de restaurantes; reuniões estão sendo feitas à distância; estamos isolados, amedrontados, sem alternativa para fugas.

Incomodados? Com certeza! Manter a distância de familiares, do ambiente diário do exercício das atividades, encarar nossos monstros internos é uma carga bem exigente e pesada. Diante dessa realidade, proponho um pensamento diferente: em vez de focarmos esse 1º de maio em trabalho, dinheiro, perdas e ganhos, por que não enxergamos os benefícios que o ócio pode nos trazer?

Dia do trabalho: coronavírus e ócio criativo

Foto ilustrativa: FlamingoImages by Getty Images

Benefícios do ócio? Como assim?

É como se deixássemos de lado a execução frenética de nossas tarefas e alterarmos o foco das metas, prazos e comissões para encontrar caminhos de transformação e mudanças no modo de trabalharmos. Focarmos na criatividade, na inovação, em encontrar maneiras de fazer diferente e também a diferença quando a rotina de trabalho se estabelecer.

Domenico De Masi, sociólogo italiano, lançou essa reflexão no livro “O ócio criativo” (2000). A ideia é saber equilibrar conceitos como o trabalho, o conhecimento e o lazer. Como a maioria das atividades relacionadas ao trabalho, hoje, está atrelada ao pensar, ao intelecto, e não mais em gestos físicos, braçais e repetitivos, como nas máquinas, o autor propõe uma diminuição da carga de horas trabalhadas e a concepção de tempos livres para que o indivíduo possa criar mais e ter a chance de inovar. Sugere mudanças de atitudes sem pressão, mais abertas, desbloqueadas.

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Em vez de reclamarmos de estarmos fechados, trancados, impedidos de até mesmo respirar um ar puro, penso que podemos tirar proveito e tentar aplicar essas ideias em nossa vida. Quando o isolamento passar, o que você pode propor de novo em seu trabalho? Quais seus novos propósitos profissionais? Qual o próximo curso que fará? O que está fazendo de errado que possa fazer diferente?

Peça a Deus para adquirir coragem e aparar as arestas, solidificar o que é bom e deixar de lado o que já não lhe acrescenta. Sair do automático pode ser a primeira atitude. E ao não fazer nada, pode estar fazendo tudo.

Assista!

 

Equipe Formação Canção Novabanner the church