1- Quais são as consequências do tabagismo?
Existem muitas condições médicas que são diretamente causadas pelo tabagismo, mas a mais frequente e a que mais mata são as doenças cardiovasculares, entre elas: o infarto do miocardio, o AVC etc. Além dessas, tem o câncer de pulmão, de boca, de esôfago, pâncreas, testículos, próstata, enfisema pulmonar, bronquite crônica etc.
Gestantes que praticam o tabagismo podem causar sérias complicações na gravidez, inclusive, levar ao aborto.
2- Quanto tempo um fumante leva para ter câncer?
Quanto maior for o tempo de exposição ao cigarro e a quantidade fumada por dia, maior será o risco de câncer, doença cardiovascular etc.
3- Qual é o tratamento para o tabagismo?
Existem opções de tratamento, o psicológico e o medicamentoso. Atualmente, existe tratamento para o tabagismo com medicamentos ou por via oral ou com adesivos cutâneos com excelentes resultados, mas o paciente precisa dar o seu SIM.
4- O cigarro eletrônico faz parte do tabagismo?
O cigarro eletrônico é um tremendo mal, pois tem efeitos nocivos sobre o organismo, causando até mais complicações que o próprio cigarro tradicional.
5 – Como ajudar um dependente?
O auxílio ao dependente deve contemplar:
Tratamento psicológico, com sessões de terapia semanais, medicamentoso e espiritual com aconselhamento espiritual pelo sacerdote da sua paróquia, para a libertação do tabaco.
Testemunho do Dr. Roque como ex-fumante
Gostaria aqui de dar um testemunho pessoal, de um ex-fumante, para mostrar a vocês que fumam que conseguem, assim como eu, parar com o tabagismo. Vejam:
Há 20 anos, eu vinha numa luta incessante contra o cigarro. Imaginem vocês, um médico, cardiologista, fumando! Era um contrassenso enorme, não só pelo lado profissional, mas também pelo pessoal, tendo em vista os antecedentes familiares que tinha de doenças cardiovasculares e câncer.
Leia mais:
.:A alimentação pode ajudar alguém a vencer o vício do cigarro?
.:O sono e sua importância na manutenção da saúde
.:Quais são os sintomas, tratamentos e causas da hipertensão?
.:A importância de abandonar os vícios durante a gravidez
1. Marquei na folhinha que iria parar de fumar em 15 dias.
2. Comecei a tomar o medicamento uma vez ao dia.
3. Nesses 15 dias, não parei de fumar, muito pelo contrário, fumava o mais que podia, sempre pensando que aquele cigarro seria o último da minha vida. Continuei fumando e tomando o medicamento, mas algo estranho começou a acontecer, pois eu, que nunca tinha sentindo o cheiro do cigarro, de repente, comecei a perceber um cheiro horrível quando exalava a fumaça. E esse cheiro começou a permanecer em mim, nas minhas mãos, nas minhas roupas.
Uma luta árdua
Chegou um ponto que, após fumar, tinha que tomar banho! Acredite, que loucura! Vendo que a minha vida estava muito complicada, achei mais fácil tentar parar de fumar. Pedi a Deus que me desse forças para enfrentar a batalha que sabia que não seria fácil, e me propus a rezar uma Ave-Maria a cada vontade que me desse de fumar.
Foi uma batalha e tanto. Logo no primeiro dia, a vontade de fumar foi muito forte, não me recordo de quantas Ave-Marias eu rezei. O tempo foi passando e o meu olfato foi ficando cada vez mais sensível ao odor do cigarro, a ponto de não conseguir usar as roupas que usava quando fumava.
Certo dia, Gisela e eu estávamos indo à missa na nossa paróquia, aqui em São Paulo, quando um carro, ao ultrapassar o nosso, exalou um forte cheiro de cigarro que vinha do condutor que fumava. Logo que senti aquele cheiro horrível, comentei com a Gisela, que estava ao meu lado.
O cheiro do cigarro
Ela olhou para mim revelando uma dúvida, parecia que estava me dizendo que a abstinência do tabaco estava me dando alucinações, mas não disse nada, apenas fez um aceno com a cabeça, “concordando” comigo, carinhosa e amorosa como sempre. Para tirar a dúvida que pairava no ar, tanto da Gisela como minha, pois realmente estava achando muito estranha essa minha percepção exagerada, imediatamente ultrapassei o veículo e vimos o motorista com o braço para fora da janela do carro, com um cigarro na mão.
Esse aumento da sensibilidade olfativa que o medicamento me fez, fazendo-me sentir o cheiro horrível do cigarro (parecia que eu estava dentro de um cinzeiro cheio), ajudou-me a cessar o tabagismo, ao lado da minha determinação e vontade. Mas tenho absoluta certeza de que não conseguiria, mesmo com o tratamento feito, sem as bênçãos que recebi de Nossa Senhora Aparecida, que ouviu as minhas preces nas incontáveis Ave-Marias que rezei.
E mais, não engordei um grama nessa época, pelo contrário, até emagreci, pois comecei uma dieta controlada e exercícios físicos. Graças a Deus, 20 anos se passaram e nunca mais coloquei um cigarro na boca. Louvado seja o Senhor!