Deus deu dons e características necessárias a algumas pessoas para ocuparem cargos públicos
Entre as tantas vocações para as quais o Senhor convoca Seus filhos a servir, encontramos uma que sofre grandes golpes em nossa atualidade: a vocação à política. Talvez, soe como novidade para alguns encarar esse ramo como uma vocação, mas para a Igreja ela é real, tanto que, em suas orações litúrgicas, encontramos várias vezes a intercessão pelas autoridades e pelos governos.
O termo “política” denomina arte ou ciência de organização. Mais que isso, o Papa Paulo VI afirmou que “a política é uma forma sublime do exercício da caridade”. Se observarmos, em todos os tempos, Deus suscitou homens para guiar Seu povo. Foi assim ao escolher Moisés, Elias, Eliseu, Samuel, Saul, Davi… Enfim, em cada etapa que o povo de Deus se encontra, detectamos um líder, e por que não dizer, um político.
Claro que podemos encontrar diversas características que podem divergir na ideia de se comparar líderes do povo de Deus aos políticos da atualidade. No entanto, ao fazermos tal comparação, podemos observar que o Senhor dá a alguns homens dons e características peculiares. Dons para organizar, dar diretrizes, criar normas. Isso contribui para que os direitos e deveres de cada pessoa sejam atendidos e respeitados. A partir disso, compreendemos o que Paulo VI disse ao ligar a vocação do político à virtude da caridade. Seu papel está em servir e não em ser servido.
Cinco pães e dois peixinhos
No Evangelho de João 6,5-12, Jesus pergunta a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes possam comer?”. Vemos, então, que o discípulo fica perdido, pois não sabe a solução para o problema. Como ele, pobre e sem alimento até mesmo para si, poderia alimentar aquela multidão? O Evangelho relata que Jesus disse isso para testar Filipe, pois Ele sabia muito bem o que ia fazer.
Esse Evangelho expressa a vocação do cristão: viver a caridade. A política constrói o cenário ideal para que esse Evangelho possa ser praticado. O desejo de Deus é que os líderes das nações tenham um espírito cheio de amor e compaixão pelo povo. Seus olhos devem estar voltados, de maneira especial, para os mais pobres.
Que bom seria se o seu coração estivesse inclinado para a renúncia! Sem ela, nenhum político conseguiria viver com plenitude o papel que lhe cabe.
O que Deus espera de seus líderes, comparado ao que vemos nos governos de hoje em nosso país, leva-nos a perceber que nem sempre esse papel é bem exercido. Se existem pessoas portadoras de dons e características dadas pelo próprio Deus para exercer em tais funções, o que há de errado com esses cargos?
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Votar em políticos conduzidos pelo Espírito Santo
Podemos encontrar na frase do Papa Pio XII uma boa resposta: “Onde faltam homens honestos, outros vêm ocupar-lhes o lugar para fazer da atividade política arena das suas ambições, uma corrida aos ganhos próprios e de sua classe”. Vemos, hoje, uma política suja e vendida aos que corrompem e desonram o cargo que ocupam. Não obstante, nota-se a carência de opções na hora de escolher um candidato para ocupar um cargo público. Torna-se inaceitável que nós cristãos possamos escolher para o Governo pessoas que discursam contra os princípios fundamentais da vida humana deixados por Cristo.
Papa Pio XII deixa claro que há a necessidade de pessoas comprometidas com o Evangelho engajadas na política. Precisamos de representantes tementes a Deus, que possam se colocar a serviço do povo, com desejo de agradar ao Senhor. Precisamos, também, de eleitores que, na hora de escolher um candidato, sejam atentos e conscientes. Um homem que não é movido pelo Espírito de Deus não tem a capacidade de conduzir uma nação para uma verdadeira caridade.
A omissão dos bons ocasionou o domínio dos corruptos. Os homens confiantes em Deus poderão levar para o meio do povo o milagre feito por Jesus.
Quem aí tem cinco pães e dois peixinhos para ofertar?