A economia brasileira voltou a crescer?
Recentemente, dados do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre foram divulgados. A alta de 0.2% nos meses de abril, maio e junho de 2017, seguida do primeiro trimestre do ano, interrompeu uma série negativa de dois anos em queda. A inflação brasileira também emite sinais claros de queda nas taxas há muito tempo não vistas. Afinal, o Brasil voltou a crescer? Saímos da crise? Como fica a vida das pessoas, famílias e empresas de agora em diante? E os empregos? Os dados da economia ainda são fracos, mas, mesmo sem crescer de forma mais consistente, somente o fato de parar de se retrair já é bom sinal.
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Economistas comemoram, com cautela, o crescimento do PIB. E como fica a vida das pessoas? Por hora, o desemprego começa a cair, mas de forma muito lenta. Cravado na casa dos 12%, mais de 13 milhões de pessoas continuam sem empregos, isso sem levar em conta aqueles que desistiram de procurar. Mesmo assim, é preciso encarar com otimismo. Estamos, aos poucos, saindo da grave crise enfrentada nos últimos anos.
Embora as bases da economia ainda precisem de grandes mudanças, como o crescimento dos investimentos, o Brasil já está fora da UTI. Digamos que, por hora, está no tratamento semi-intensivo, em observação.
Como a política tem influenciado nossa economia?
De certa maneira, os conturbados noticiários políticos, onde cada dia somos surpreendidos com escândalos de corrupção, tem deixado muitos investidores preocupados. Por outro lado, alguns analistas de economia relatam que existe um certo deslocamento entre política e economia, pelo menos no curto prazo. Com a aproximação do fim de 2017 e início de 2018, ano eleitoral, é possível que os ânimos fiquem mais exaltados e o cenário político atrapalhe a melhora da economia.
Como isso impacta meu bolso?
Por hora, é melhor esperar um pouco na hora de fazer um financiamento, caso possa ser adiado. Com juros em queda, a taxa Selic poderá terminar 2017 em 7%, o que, de longe, é um cenário muito melhor que nos anos de 2015 e 2016, quando tivemos a SELIC em 14,25%. Logo, se é possível, é melhor esperar na hora de contrair dívidas ou fazer consórcios. Caso o bom cenário se confirme, em 2018, será mais barato tomar empréstimos de longo prazo, especialmente habitacional ou automotivo. Por outro lado, se você contraiu dívidas em 2014, 2015 ou 2016, é muito provável que tenha adquirido dívidas caras, com os juros altos. Se possível, quitá-las o quanto antes é o melhor cenário.
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Como melhorar a renda para pagar as dívidas?
Diante do exposto, de uma melhora econômica e um cenário de provável queda nos juros, é bem interessante buscar renda extras no fim do ano. Com a retomada da economia, é possível que muitas empresas contratem temporariamente, o que é interessante para quitar dívidas atrasadas. Melhor conseguir renda extra, ainda que seja um esforço tremendo trabalhar à noite, nos fins de semana, é mais vantajoso do que pegar um empréstimo consignado ou pessoal, com juros não muito agradáveis, muitas vezes.
Em suma, o Brasil está no caminho da retomada, mas ainda com muitos problemas no caminho e reformas a serem feitas. Mesmo assim, pessoas, famílias e empresários começam a ver luzes. É importante ajustar as velas para os novos tempos, deixar de lado o pessimismo e correr atrás de oportunidades. Elas estão aí para quem quiser enxergá-las.
Deus abençoe o Brasil!