O Catecismo da Igreja Católica (CIC) coloca a castidade como um dom, uma graça, uma obrigação. Castidade tem tudo a ver com a capacidade de dar-se. A pessoa que consegue ter um autodomínio de si, consegue dar-se ao outro. Eu percebo que todos nós pecamos, muitas vezes, contra castidade por termos aprendido assim na escola, em casa ou na televisão. Eu acredito que, mesmo por pensamento, por atos ou omissões, já pecamos contra essa virtude [castidade].
O encardido [inimigo de Deus] não conseguiria nos fazer pecar se ele não revestisse o pecado com algo gostoso. Ele usa isso como isca; somos como peixes, o pescador coloca a isca no anzol, o peixe a vê, achando que é comida, vai comê-la e acaba sendo fisgado. Primeiro, o encardido nos seduz, depois ele nos leva a nos autocondenarmos. Para eu cometer um assassinato, preciso ter uma arma, mas para cometer o pecado da castidade, eu não preciso de nada, somente do corpo.
O Catecismo afirma que a sexualidade tem tudo a ver com a pessoa humana. A sexualidade no falar, no agir, no cortar o cabelo. Homem tem de mostrar que é homem na roupa que veste e vice-versa; mas, num capítulo, o Catecismo mostra as consequências de usarmos a nossa sexualidade de forma errada.
A castidade é um dom
Certa vez, fui conhecer o quadro da Monalisa. Lá, paga-se uma fortuna para isso, existem vários seguranças tomando conta da obra, mas, quando cheguei perto, me decepcionei, pois era um quadrinho de nada. Por que será que havia tantos guardas tomando conta daquela obra? Por causa do artista que a tinha feito.
Sabe por que a Igreja briga tanto por você? Por causa do Artista que o criou, você é uma obra de arte muito preciosa!
Para os casais e para os que estão prestes a se casar, eu recomendo que leiam o meu livro: “Sede fecundos”. Vocês precisam descobrir a beleza da castidade e do seu corpo. O objetivo do encardido, quando quer seduzir, é fazê-lo perder o autodomínio, e perdendo o autodomínio, você não se valoriza.
Relação entre o homem e a mulher
O corpo de uma pessoa que se prostitui caminha muito rapidamente para a deformação. A sexualidade é boa, é fonte de vida, é obra privilegiada das mãos de Deus, por isso temos de ter cuidado quando vestimos uma roupa, para não despertar no outro um olhar malicioso.
Quando um homem e uma mulher se unem, é o lugar mais parecido com o céu. A melhor e a mais bela reprodução da beleza da Santíssima Trindade se dá quando casais consagrados a Deus se unem num ato sexual. E a marca registrada do amor de Deus é o prazer e a alegria no corpo e na alma no ato sexual.
O Catecismo apresenta no plural: os atos próprios pelos quais o homem e a mulher se dão, a relação íntima da mulher e do homem. Quando essa relação é isolada é mais apropriado chamá-la de prostituição.
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O inimigo se instala na sexualidade
Precisamos cuidar do nosso corpo e do nosso órgão sexual. Hoje em dia, os jovens não têm vergonha de nada, usam calças com cuecas aparecendo, calcinha aparecendo… Isso quando não aparecem outras coisas! Você precisa amar o seu corpo, pois foi Deus quem o fez.
Nós precisamos combater o inimigo, principalmente, porque ele se instala na sexualidade. E tudo porque a sexualidade é linda.
(Texto produzido a partir de pregação do padre Léo, em junho de 2006)