Como passar o Carnaval? Para onde ir? Onde ficar? O que fazer?
Normalmente, dois grupos tomam caminhos bem opostos. O primeiro dá vazão à carne e cai na folia, aproveita para passear, assiste aos desfiles, come, bebe, diverte-se segundo os desejos próprios da carne. O outro grupo costuma tomar um rumo bem oposto: deixa tudo e retira-se para encontros e retiros espirituais. Participa de retiros abertos ou fechados, assiste às pregações ou as ouve por meio do rádio ou da TV.
De Sexta-feira Santa a Quarta-feira de Cinzas, dedica-se a estar com o Senhor: ouvindo a Palavra, louvando-O e adorando-O. Para este [grupo], aplica-se e torna-se realidade esta Palavra de Neemias: “Não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força” (Ne 8,10).
Trata-se, porém, de uma festa e de uma alegria bem diferentes daquelas que o mundo oferece. Nos retiros espirituais, não há preocupação com droga, camisinha ou contaminação com doenças. O único contágio, que geralmente acontece com esse grupo, é o da alegria, uma alegria que só o Senhor Deus pode oferecer.
Há dois caminhos totalmente opostos. Mas você pode escolher apenas um deles. Jesus nos lembra: “Não podeis servir a dois senhores” (Mt 6, 24). Uma escolha que cada um de nós deverá fazer, sabendo que “os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne, pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que queríeis” (Gl 5,17).
Cada caminho leva a um destino e um final diferentes. Por isso, Jesus nos preveniu: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7,13-14).
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E quanto a você? Qual dos dois caminhos escolherá?
Há outros alternativos, mas esses dois são os mais marcantes na maior festa popular do país. Cristo falou e nos alertou sobre as festas que o mundo oferece: um dia, elas seriam parecidas com o que já aconteceu na face da terra, nos tempos de Noé: “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos (Lc 17,26-27).
É importante que estejamos bem atentos e procuremos fazer como Maria, “que escolheu a melhor parte” (cf. Lc 10, 42): ficou aos pés de Jesus.
O efeito de cada uma das escolhas aparecerá claramente na Quarta-feira de Cinzas. Todos podem até estar cansados, mas o estado de ânimo será bem diferente. Enquanto uns estarão curtindo a ressaca e o vazio, outros estarão com o coração exultante da alegria do Senhor.
Sejamos espertos: escolhamos a melhor parte, como Jesus mesmo afirmou: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada” (Lc 10,42). Bom retiro!