Como é bonito, às vezes, parar e analisar as pessoas, seus relacionamentos, suas atitudes, enfim, seus detalhes. A cada análise, descobrimos novas dimensões do coração humano. Partilho com você algo que descobri por meio do ofício de observar: percebi que, cada vez mais, as pessoas são intolerantes, impacientes e propensas a rotular as outras.
Poucas têm paciência com o outro e muitas, se não alcançam respostas imediatas, desistem da pessoa. Descobrir alguém leva tempo. Pena que somos superficiais e desistimos facilmente frente ao primeiro desencanto. Não é porque a pessoa não sorriu ou porque tenha um defeito latente, que temos o direito de encarcerá-la em um rótulo infeliz. Garanto que, muitas vezes, você também não conseguiu fazer o bem que queria, nem conseguiu sorrir como queria, tampouco conseguiu amar como desejava, e o que é pior: reagiu como não queria reagir e fez o que não queria fazer. Mas tentou. Mesmo que o resultado tenha sido o insucesso, você tentou acertar.
Acredito que todos querem ser bons e felizes, todos lutam por isso. Ninguém é infeliz porque quer, mas nem todos conseguem ser o que desejam.
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Precisamos aprender a amar
Quem lhe garante que palavras ásperas não são um pedido de socorro de alguém que recebeu pouco amor na vida e que pede, desesperadamente, que você a ensine a amar? Pode ser que as atitudes que o irritam sejam prova do esforço mais profundo de um coração querendo sinceramente fazer o bem.
Mesmo que o amor que você recebe não seja aquele que você queria, nem do jeito que queria, é amor. Pode ser que os gestos de amor que são repugnantes para você seja o tudo que o outro pode lhe dar. Precisamos aprender a acolher o que o outro pode nos oferecer, valorizar o que ele nos oferece.
Não podemos ser cruéis a ponto de destruir em nós aqueles que não nos agradam. O Cristianismo não funciona assim. Aliás, quais foram as pessoas amadas por Jesus, que mereceram o amor d’Ele? Ou melhor: você merece? Eu mereço?