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Reflita sobre as quatro semanas do Tempo do Advento

O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento, um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Esse foi o maior acontecimento da história: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-Se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. O Natal de Jesus precisa ser preparado e celebrado a cada ano. São quatro semanas de preparação e, no decorrer delas, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e virá no final dos tempos.

Por isso, é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor considerada sob diversos aspectos. Em primeiro lugar, a expectativa do Antigo Testamento pela vinda do Messias, do que falavam os profetas, agradecendo a Deus o dom inefável da salvação que se realizou na vinda do divino Redentor. Agora, a vinda do Salvador deve atualizar-se no coração de todos os homens, enquanto a história se encaminha para a Parusia, ou seja, a vinda gloriosa do Senhor. É, nesta perspectiva, que devem ser escutadas as leituras do Advento. “Vinde, caminhemos à luz do Senhor!”.

 

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Foto Ilustrativa: S847 by Getty Images

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e a esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim à história humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas, lembramos a espera dos profetas e de Maria. Preparamo-nos mais (especialmente) para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes; nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi e seu Reino não terá fim. Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

A coroa do Advento

A Guirlanda ou Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. A coroa é verde, sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que nos envolve e, também, a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

A Coroa do Advento é composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela; e, à medida que vão passando os domingos, acendem-se as outras velas, até chegar o 4º Domingo, que é quando todas devem estar acesas. Os ramos em círculo são de cipreste, de pinheiro ou de outra árvore ornamental, esses ramos são para lembrar a esperança cristã, ela é alimentada com a proximidade do Natal. O círculo não tem princípio nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno e também da nossa ininterrupta dileção ao Criador e ao próximo.

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Durante o Advento, prevalece a cor roxa, símbolo da conversão, que é fruto da revisão de vida, ou seja, a metanoia. As velas querem representar as várias etapas da salvação, sobretudo para significar a espera d’Aquele que é “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo” (João 1,9) e que está para chegar. Então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e queremos ser como Ele, Luz.

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Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino