A vida missionária é uma graça, um dom, na verdade, um chamado de Deus. É Deus quem me convida a segui-Lo e, livremente, dou o meu sim. Acho importante ressaltar a palavra “livremente”, pois, assim deve ser vivida a vida missionária, de forma livre, correspondendo ao sim de cada dia, porque, “a cada manhã, Ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo” (Isaías 50,4).
Como em tudo na nossa vida, existem as alegrias e as renúncias próprias daquilo que abraçamos, mas a maior gratidão da vida missionária é perceber que a minha vida é um retalho da vida de Cristo, capaz de devolver a esperança, o sorriso, a alegria àqueles que perderam o sentido. É um retalho de uma vida que jamais se desfará.
“ Jesus não quer discípulos capazes somente de repetirem fórmulas aprendidas de memória. Quer testemunhos: pessoas que propaguem esperança com o modo de acolher, de sorrir, de amar. Sobretudo de amar: porque a força da ressurreição torna os cristãos capazes de amarem, mesmo quando o amor parece ter perdido as suas razões” (Papa Francisco).
A vida missionária é uma graça, um dom, um chamado de Deus que precisa estar ancorado no Senhor
Neste caminho de seguimento são muitas as dificuldades. Primeiro, aquelas que encontramos em nós mesmos, nossas tendências, nosso orgulho, nosso jeitinho de sempre que impede tantas vezes a graça de Deus e, também, tudo aquilo que vem de fora que tenta roubar nossa fé. Entretanto, o homem e a mulher que estão ancorados em Cristo aprendem a não desanimar perante as contrariedades, pois, descobrem nelas um trampolim para uma vida nova e para novos recomeços. As dificuldades são, portanto, aproveitadas como um jeito criativo por Deus, em que elas nos formam, nos amadurecem e nos tornam, cada vez mais, o plano original que Ele tem a nosso respeito.
“Os homens e as mulheres que têm um “porquê” viver, resistem mais do que os outros nos tempos de infortúnio. Mas quem tem Cristo ao seu lado, realmente não teme nada. E. por isso, os cristãos, os verdadeiros cristãos, nunca são homens fáceis e acomodados. A brandura deles não deve ser confundida com um sentimento de insegurança e de submissão (…). Caídos, se reerguem sempre” (Papa Francisco).
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Este é o segredo para não desanimar na vida missionária: se ancorar em Cristo e olhar somente para Ele. Porque, muitas serão as tempestades, mas Ele está no barco! Muitos serão os ventos, mas sua voz tem poder para calar! Muitos serão os lugares para os quais Ele nos convida a ir, mas a promessa é que Ele jamais nos deixará só.
Que bom poder anunciar, a cada dia, que a vida missionária é só um pretexto de Deus para que fique próximo de mim! Bom saber que essa vida a qual abracei é, no fundo, um grande carinho e cuidado de Deus para que eu não perca o céu!