Conversão

Testemunho: da sexualidade desregrada à castidade

Olá, meu nome é Juliano Lauriano Faria, tenho 31 anos, sou casado, tenho um filho de 1 ano e 7 meses e sou formado em Administração e Engenharia de Produção. Estou aqui para contar um pouco sobre a minha vida.

Sou de uma família simples, rodeada por muitas brigas por conta do vício do álcool: meu pai bebia muito e tinha muitas desavenças em casa. Por causa desse ambiente conturbado, eu comecei a beber com 10 anos e a sair à noite sob influência dos meus amigos. Minha sexualidade também foi ficando sem rumo, a ponto de perder minha virgindade aos 13 anos com uma mulher de 28 anos. Após esse episódio, a coisa ficou completamente desregrada e, no meu aniversário de 15 anos, o arco da decoração era de camisinha e meu presente foi deitar na cama com cinco mulheres e, depois, as coisas foram só piorando.

Eu comecei a namorar e a levar mulheres de dia e de noite para minha casa, para ter relação sexual. Quando a menstruação da ex-namorada atrasava, ela usava a pílula do da seguinte, tomava chá de maconha, fazia o que fosse necessário para não engravidar. E segui assim por muito tempo.

Uma vida de sexo e drogas até o encontro com o Senhor

Aos 17 anos, no meu último ano de escola, nós promovíamos festinhas com muitas bebidas e muitas meninas para poucos homens (meus amigos) e, às 3 horas da madrugada, todo mundo ia tirando a roupa e tendo relação sexual, alguns amigos levavam drogas e as meninas as experimentavam. No dia seguinte, na escola, ninguém se lembrava do que havia acontecido na noite passada.

Arquivo pessoal. Juliano, esposa e filho José Paolo

Aos 18 anos, eu fui para faculdade e as festas eram ainda piores, a bagunça era muito maior, a sexualidade era sem freio. De seis matérias do curso que estava cursando, eu repeti quatro. A minha vida era muito conturbada.

Até que minha ex-namorada, professora de catecismo, me levou para o PHN. Lá, eu ouvi o Senhor falar comigo, chorei muito e tive o meu encontro pessoal com Deus, voltei sabendo que algo dentro de mim tinha mudado. Comecei a ir com mais frequência à missa e ao grupo de oração.

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O convite mais difícil

O que não imaginava é que minha futura esposa me chamaria no facebook para irmos à praia, e com isso foram longas 2 horas de conversa sadia sem besteira. Logo percebi que ela tinha algo diferente e, no mesmo dia, ela me convidou para ir à Santa Missa e ao grupo de jovens, então, começamos a caminhar juntos.

Ela me fez um convite inusitado, que para mim era motivo de deboche: viver a castidade, pois ela era virgem e só queria ter relação sexual depois do casamento. Eu, de prontidão, aceitei; mesmo sem entender como iria funcionar e o que era, de fato, viver a castidade, pois, naquele momento, a aceitação foi por respeito mesmo.

Minha sexualidade também foi ficando sem rumo, a ponto de perder minha virgindade aos 13 anos com uma mulher de 28 anos. Após esse episódio, a coisa ficou completamente desregrada e, no meu aniversário de 15 anos, o arco da decoração era de camisinha e meu presente foi deitar na cama com cinco mulheres.

Meses depois, na faculdade, conheci vários servos do Jovens Sarados e todos eles viviam a castidade, eles me apoiaram e me ajudaram, me formaram e me levaram para fazer um retiro chamado “Maranatha” em agosto de 2014, e lá foi um divisor de águas. Ver aqueles jovens felizes e buscando o céu foi uma convocação do Senhor para mim e, a partir dali, eu vivi os seis meses mais difíceis da minha vida. Tomando banho gelado, evitando ficar a sós com minha namorada, rezávamos o terço todos os dias juntos à noite, muitas vezes, por telefone ou no fretado, pois ela também fazia faculdade. Nessa altura, não ia mais para festas nem bebia mais, Deus tinha me transformado por completo e me chamado para salvar almas.

Um dia de cada vez

Quando completamos três anos de namoro, a pedi em casamento na Ermida da Mãe Rainha, na Canção Nova, com a presença de um padre muito querido por nós e com a ajuda dos meus amigos. Vivemos firmes na castidade, cada dia de espera era uma vitória, não foi fácil, mas valeu cada segundo de espera.

Ficamos mais dois anos noivos e, finalmente, nos casamos. E foi maravilhoso, formamos uma família linda! No começo do casamento, tivemos de lidar com a perda de um bebê ainda na gestação, mas em tudo Deus cuidou, descobrimos que minha esposa tem trombofilia nas gestações, e isso faz com que seja sempre gestação de alto risco, mas, com as graças de Deus e de Nossa Senhora, tivemos nosso filho amado, José Paolo, que, hoje, tem um ano e sete meses.

Hoje, viver a castidade no casamento é um transbordar daquilo que eu vivi nos anos de namoro e noivado, utilizamos o MOB (Método de Ovulação Billings), que é único método aprovado pela Igreja, e estamos abertos à vida, isso traz alegria e paz para a minha casa e família. E sigo, ou melhor, seguimos, fazendo parte do Jovens Sarados, lutando todos os dias para viver aquilo que o Senhor nos pede e desejando ser instrumento para a salvação das almas.

Juliano Lauriano Faria – Baixada Santista – SP