Caro leitor, quero cumprimentar você que está acompanhando esta série sobre os sacramentos. Para os que ainda não tiveram a oportunidade de ler os artigos anteriores, sugiro que o faça. Já trabalhamos até aqui a palavra “sacramentos”, a matéria e a forma dos sacramentos, o sacramento do Batismo e o sacramento da Confirmação.
O sacramento da Eucaristia conclui o lindo itinerário dos sacramentos da iniciação cristã. Os que foram elevados à dignidade de filhos de Deus, por meio do Batismo e configurados mais profundamente a Cristo pela confirmação, passam a participar com toda a comunidade cristã do próprio sacrifício de Cristo, por meio da Eucaristia. Assim, aquele que recebe Jesus Cristo sacramentado sob as espécies consagradas do pão e do vinho recebe o tão sublime alimento espiritual da alma. Sob as espécies do pão e do vinho consagrados, Jesus está verdadeiro, real e substancialmente presente com o seu corpo e com seu sangue, com sua alma e sua divindade.
Por isso, o sacramento da Eucaristia é a fonte e o ápice de toda a vida eclesial, donde vertem e para onde convertem todos os demais sacramentos. É o centro da vida litúrgica, expressão e alimento da comunidade cristã. A esse respeito, São Paulo VI, no número 5 do seu decreto “Presbyterorum Ordinis”, afirma que a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo.
Qual a relação da eucaristia e da Santa Ceia judaica?
Este sacramento recebeu diversos nomes além de Eucaristia, por exemplo, “Ceia do Senhor” referindo à ceia que o Senhor fez com seus discípulos nas vésperas de sua paixão. Também é chamada, especialmente pelos primeiros cristãos, de “Fração do Pão”. Recebeu esse nome porque, no rito judaico utilizado por Jesus durante Última Ceia, havia o momento em que se abençoava e distribuía o pão. Esse gesto em que se distribuía o pão significava que todos os que comiam do único pão partido, ou seja, Cristo, entravam em comunhão com Ele.
O sacramento da Eucaristia foi instituído por Jesus na Última Ceia. A esse respeito cabe destacar que a refeição tradição judaica é sempre um ato religioso porque coloca o ser humano diretamente em relação com Deus e com a sua Providência que dá a cada um seu alimento (cf. Sl 104, 27). O ato de comer jamais é um ato profano, uma vez que ele coloca a pessoa em comunhão com a criação de Deus, da qual tiramos nossa subsistência. Receber com agrado e alegria a produção da terra é aceitar agradecido o dom de Deus. “Eucaristia”, aliás, significa “ação de graças”.
A matéria e a forma do sacramento da Eucaristia
A matéria apropriada para a realização da Eucaristia é o pão de trigo e o vinho de videira. Estas foram, além do mais, as matérias usadas por Cristo na Última Ceia. É importante salientar que o pão seja exclusivamente produzido com farinha de trigo e água mineral (pão ázimo), não sendo permitido adicionar nenhum tipo de óleo ou condimentos, nem mesmo fermento. O vinho, por sua vez, seja de videira, não sendo permitido vinho feito de outras espécies de frutas. Ao vinho, é acrescentado algumas gotas de água, prática recorrente entre os judeus.
A forma são as palavras da consagração pronunciadas pelo sacerdote sobre o pão (“Tomai todos e comei: isto é o meu corpo, que será entregue por vós”) e sobre o vinho (“Tomai todos e bebei: este é o cálice do meu sangue […]”). No momento em que o sacerdote pronuncia sobre a matéria essas palavras, acontece aquilo que conhecemos como “transubstanciação”, ou seja, a mudança de uma substância noutra substância (neste caso, da substância “pão” na substância “Corpo de Cristo” e da substância “vinho” na substância “Sangue de Cristo”). As únicas coisas que permanecem são as aparências externas de pão e de vinho.
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Comunhão com Cristo
Este sacramento recebeu diversos nomes além de Eucaristia, por exemplo, “Ceia do Senhor” referindo à ceia que o Senhor fez com seus discípulos nas vésperas de sua paixão. Também é chamada, especialmente pelos primeiros cristãos, de “Fração do Pão”. Recebeu esse nome porque, no rito judaico utilizado por Jesus durante Última Ceia, havia o momento em que se abençoava e distribuía o pão. Esse gesto em que se distribuía o pão significava que todos os que comiam do único pão partido, ou seja, Cristo, entravam em comunhão com Ele. Outros nomes que podem ser dados à Eucaristia são: “Assembleia Eucarística”; Divina Liturgia; Comunhão e, a mais comum, Santa Missa.
Ninguém que professa a fé católica deixaria de acreditar que o Senhor está presente no meio do seu povo, na pregação da Palavra de Deus, nas Sagradas Escrituras, nos outros sacramentos. Porém, na Eucaristia, a presença de Cristo é de outra ordem, de uma maneira mais sublime: sua presença é real, é substancial.
Por fim, sob cada espécie, Cristo está todo inteiro. Sob a espécie do pão não está apenas o Corpo de Cristo, assim como não está apenas o seu Sangue na espécie do vinho; em cada uma das espécies se encontra Cristo inteiro com sua alma e divindade. Portanto, Cristo está presente na Eucaristia com a sua natureza humana e sua natureza divina.
Acabamos de dar mais um passo, mas a missão ainda não foi totalmente concluída. No próximo artigo, teremos a oportunidade de entrar noutra categoria de sacramentos: os da cura. Espero que tenha gostado! Gostaria muito que você deixasse algum comentário sobre o conteúdo e, é claro, indicasse para alguém. Vamos fazer com que esse conteúdo elaborado com tanto cuidado chegue a muitas outras pessoas.