Reflexão

Luz da Fé: Qual é a fé que eu confesso?

A Igreja não cessa de confessar sua fé em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo

Neste programa ‘Luz da Fé’, quero refletir com você sobre os números 151 e 152 do Catecismo da Igreja Católica, os quais nos ensinam o seguinte:

Crer em Jesus Cristo, Filho de Deus

151. Para o cristão, crer em Deus é, inseparavelmente, crer naquele que Ele enviou, “seu Filho bem-amado”, no qual Ele pôs toda a sua complacência; Deus mandou que o escutássemos. O próprio Senhor disse a seus discípulos: “Crede em Deus, crede também em mim” (Jo 14,1). Podemos crer em Jesus Cristo, porque ele mesmo é Deus, o Verbo feito carne: “Ninguém jamais viu a Deus: o Filho unigênito, que está voltado para o seio do Pai, este o deu a conhecer” (Jo 1,18). Por ter ele “visto o Pai” (Jo 6,46), ele é o único que o conhece e pode revelá-lo.

Foto ilustrativa: Luciano Camargo / cancaonova.com

Crer no Espírito Santo

152. Não se pode crer em Jesus Cristo sem participar de seu Espírito. É Ele que revela aos homens quem é Jesus, pois “ninguém pode dizer: ‘Jesus é o Senhor’, a não ser no Espírito Santo” (1Cor 12,3). “O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus. O que está em Deus ninguém o conhece, a não ser o Espírito de Deus” (1Cor 2,10-11). Só Deus conhece Deus por inteiro. Cremos no Espírito Santo, porque Ele é Deus.

A Igreja não cessa de confessar sua fé em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

Quero me ater a essas duas afirmações do Catecismo da Igreja: “Por ter visto o Pai, ele [Jesus] é o único que o conhece e pode revelá-lo”, e também “É o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus”.

Aprendemos com isso que o Pai é conhecido pelo Filho, que é Jesus, e Ele, por sua vez, revela-nos quem é o Pai. E o Espírito Santo, dom do Cristo ressuscitado a cada um de nós, revela quem é Jesus. E “ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’ a não ser no Espírito Santo” (1Cor 12,3).

Tempos atrás, recebi de um amigo, que já pertenceu a minha Comunidade, fotos antigas de um tempo no qual ainda éramos solteiros e morávamos numa casa de rapazes. Olhando para aquelas fotos antigas, que me foram reveladas, o meu coração se encheu de alegria!

Estou contando isso a você, porque o Catecismo da Igreja nos fala a respeito de uma revelação que alegra o nosso interior. Jesus nos revela o Pai, e o Espírito Santo nos revela Jesus. Nessa revelação, o nosso coração se enche de alegria.

Também o Catecismo nos ensina que a Igreja não cessa de confessar sua fé em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

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A força do sinal da cruz

Você já deve ter percebido que, no início de cada programa “Luz da Fé”, sempre começamos fazendo o sinal da cruz. Por quê? Porque esse é um gesto no qual professamos a nossa fé na Santíssima Trindade. Fazer o sinal da cruz é também um gesto de fortalecimento contra as tentações. Nesse sinal, somos fortificados em nosso combate diário. A respeito disso, trago a você um ensinamento de Santo Hipólito de Roma, do Séc. III:

“Durante a tentação, fazei piedosamente, na fronte, o sinal da cruz, pois este é o sinal da Paixão reconhecidamente provado contra o demônio, desde que feito com fé e não para vos exibir diante dos homens, servindo eficazmente como um escudo. O adversário, vendo quão grande é a força que sai do coração do homem que serve o Verbo (pois mostra o sinal interior do Verbo projetado no exterior), fugirá imediatamente, repelido pelo Espírito que está no homem” (Tradição dos Apóstolos,42).

Veja só a força contida no sinal da cruz! Tertuliano também recomenda aos cristãos que façam com frequência esse sinal, professando, assim, sua fé nesse Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Fica, então, para nós, esse convite que o Catecismo da Igreja nos faz, ao longo dessa semana, para traçarmos sobre nós o sinal da cruz, não como um talismã, não como algo supersticioso, mas fazermos isso com muito respeito, tomando posse desse sinal que, como nos ensina Santo Hipólito de Roma, é um escudo reconhecidamente provado contra o demônio.

Um forte abraço!

Assista ao programa:


Alexandre Oliveira

Membro da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Alexandre é natural da cidade de Santos (SP). Casado, ele é pai de dois filhos. O missionário também é pregador, apresentador e produtor de conteúdo no canal ‘Formação’ do Portal Canção Nova.