A Igreja nos ensina que esta busca de Deus exige, também, o testemunho dos outros, que ensinam o homem a procurar a Deus
Neste programa “Luz da Fé”, quero refletir com você sobre o número 30 do Catecismo da Igreja Católica, que ensina o seguinte:
“Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!” (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-Lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, “um coração reto” e, também, o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus.
Vós sois grande, Senhor, e altamente digno de louvor: grande é o Vosso poder, e a Vossa sabedoria não tem medida. E o homem, pequena parcela de Vossa criação, pretende louvar-Vos, precisamente o homem que, revestido de sua condição mortal, traz em si o testemunho de seu pecado e de que resistis aos soberbos. A despeito de tudo, o homem, pequena parcela de Vossa criação, quer louvar-Vos. Vós mesmo o incitais a isso, fazendo com que ele encontre suas delícias no Vosso louvor, porque nos fizestes para Vós, e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Vós¹.
O testemunho dos outros
A Igreja nos ensina que esta busca [de Deus] exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, “um coração reto” e, também, o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus. Diante disso, convido você ao longo desta semana, a agradecer a Deus pela vida desses “outros”, que foram verdadeiras testemunhas de fé na sua vida.
Lembre-se do seu pai, da sua mãe e avós. Recorde-se daquela pessoa que, quando você era bem pequeno, levou você à Igreja, ensinou-lhe a fazer o sinal da Cruz, explicou-lhe sobre o “Papai do Céu”, a “Mamãe do Céu”, e tantas outras realidades bonitas no início da nossa caminhada com Deus. Essas pessoas, com seu jeito simples de ser, foram testemunhando, a você, a beleza da nossa fé católica.
“Nesta semana quero louvar a Deus por essas pessoas que testemunharam essa fé cristã a mim. Louvo a Deus pela alma da minha saudosa mãe, pela vida do meu pai, por tantas pessoas que – ao longo desses meus 47 anos – passaram pela minha vida e deixaram seu testemunho de fé: catequistas, sacerdotes, irmãos do Grupo de Oração, que ajudaram-me a crescer na vivência cristã durante esse tempo.”
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A melhor tradução da Bíblia
Termino contando essa “historinha”:
“Haviam quatro teólogos. Um estava quietinho no seu canto, os outros três discutiam entre si qual seria a melhor tradução da Bíblia. O primeiro disse:
– A melhor tradução da Bíblia para mim é a da CNBB.
O segundo teólogo afirmou:
– A tradução da Bíblia que eu mais aprecio é a da Ave Maria.
O terceiro retrucou categoricamente:
– Vocês não entendem de nada! A melhor tradução da Bíblia é a da Bíblia de Jerusalém!
A discussão foi aumentando, até que, perguntaram ao quarto teólogo que estava quietinho no seu canto:
– E quanto a você? Qual a melhor tradução da Bíblia na sua opinião?
Ao que ele responde:
– A melhor tradução da Bíblia para mim é a da minha mãe.
Os outros três não entenderam sua resposta e disseram:
– Como assim? Sua mãe escreveu uma tradução da Bíblia? Qual é a formação teológica da sua mãe?
E o rapaz responde:
– Não! Minha mãe é uma dona de casa muito simples. Acontece que ela foi traduzindo, com a vida, tudo aquilo que nos ensina a Palavra de Deus.”
Louvemos a Deus pelas pessoas que traduzem, no dia a dia, essa fé em Jesus Cristo, com testemunho coerente a cada um de nós.
Um forte abraço!
Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova
(1) Trecho do livro “Confissões” de Santo Agostinho