Nossa Senhora

O socorro de Maria na minha família e no meu dia a dia

Eu, Nilza, recordo com clareza da fé da minha mãe, que era fiel devota a Nossa Senhora Aparecida. Ela era uma pessoa muito simples, que pouco sabia escrever, mas sua fé era algo grandioso que se podia notar. A atitude de fé da qual sempre me recordo foi quando um dos meus irmãos, já com pouco mais de dois anos, não conseguia andar, somente engatinhar. Na simplicidade e na pobreza, sem ter recursos financeiros para recorrer a especialistas, minha mãe levou meu irmão ao hospital público e não obteve parecer favorável; disseram que ele tinha os pés para dentro e que, se andasse, precisaria de botas especiais. Pediram para levá-lo a um ortopedista. O que fez minha mãe? Ela tinha uma solução: recorrer a Maria.

Minha mãe fez a sua oração sincera e confiante, guardando todos os acontecimentos no coração. Passou um tempo e meu irmão começou a dar os primeiros passos; só então soubemos que ela havia feito uma promessa a Nossa Senhora Aparecida que, se seu filhinho andasse, ela compraria uma imagem da Santa e o menino assistiria à Missa com a imagem nos braços, e assim fez.

Hoje, de fato, meu irmão anda com os pés para dentro, mas caminha com firmeza, sem necessidade de botas especiais – graça alcançada pela intercessão de Nossa Senhora. Que simplicidade, que confiança! Deus é simples, é descomplicado, e concede a Mãe do Céu o cuidado atento aos seus filhos.

O socorro de Maria na minha família e no meu dia a dia

Crédito: Brastock Images by GettyImages/ cancaonova.com

Maria traz amparo aos que necessitam

Quando criança, assim que aprendi a Ave-Maria, todos os dias a rezava três vezes antes de dormir, de joelhos. É certo que eu não entendia o sentido de recitar a oração, mas era impelida a fazê-lo. Hoje, percebo que era a presença de Maria a me acompanhar.

Com o falecimento de minha mãe, ouvi uma voz interior no meu coração dizendo: “Agora eu sou tua Mãe” e compreendi que, a partir daquele momento, eu não estava sozinha, não era órfã de mãe, pois quem me assumia como filha era a Virgem Maria. Isso foi um grande consolo para o meu coração.

Ao ingressar na Comunidade Canção Nova, fiz a Consagração de São Luís Maria Grignion de Montfort. Foi em um 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, e a imagem que esteve presente para a Consagração foi do Imaculado Coração de Maria. Só Deus sabia que, um ano depois, seria transferida para Portugal e moraria em Fátima.

Lá, tive a graça de trabalhar diretamente com a Mensagem de Fátima, nas transmissões de Missas e Terços direto do Santuário, junto ao Secretariado dos Pastorinhos, na pessoa do saudoso Pe. Luis Kondor, do Vice-postulador da Causa da Canonização dos Pastorinhos Jacinta e Francisco, e em outros inúmeros acontecimentos relacionados com a Mensagem de Fátima.

Maria nos visita a cada dia

Antes de me casar, já vivíamos a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a Prática Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados. No dia do nosso matrimônio, consagramos a Ela a nossa família e assumimos ser apóstolos da Mensagem de Fátima, para ajudar a torná-la mais conhecida.

Tenho clareza de que todo esse caminho foi desejo e providência de Deus que, por meio de Maria, a escolheu para me educar, me formar, me fazer crescer na fé, enfim, me conduzir para o caminho da santidade diária.

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A minha experiência com Nossa Senhora já inicia pelas manhãs, com meu esposo: ao nos dirigirmos para o trabalho, vamos rezando o terço no caminho, entregando aos seus cuidados o nosso dia. No diálogo de filha com a Mãe, falo dos anseios, angústias, preocupações, medos, receios, como também das alegrias, e apresento a Ela as pessoas que pedem orações.

Santa Maria como em Caná! Rogai por nós

O nosso fundador, Mons. Jonas Abib, homem mariano, filho de Nossa Senhora Auxiliadora e nossa Patrona, sempre nos disse que a Canção Nova é a Casa de Maria, que foi Ela quem tudo fez nessa obra, e que Ela é Mãe da Canção Nova.

Ele nos ensinou algo muito concreto para criarmos intimidade com Nossa Senhora: escrever uma cartinha com tudo o que trazemos no coração e colocar aos seus pés. Assim, Ela nos ouve, nos acolhe, nos atende. Mons. Jonas ensinou também a devoção das três Ave-Marias antes de dormir, remédio eficaz para vencer as tentações na castidade.

Sua filial devoção a Nossa Senhora o levou a consagrar toda a Canção Nova, seus sócios colaboradores e todo o Sistema de Comunicação ao Imaculado Coração de Maria, na Capelinha das Aparições em Fátima, Portugal, na presença do então Bispo local Dom Serafim Ferreira e Silva. Com esse ato de consagração, Mons. Jonas depositou sob os cuidados de Maria tudo o que somos e temos.

(Texto retirado de “Rezar com a Mãe” – Gilberto e Nilza Maia)

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