Nas proximidades da atual Cidade do México, no século XVI, a terra agreste deixa a entrever a dura situação na qual os indígenas viviam: pouca água, poucos frutos e pouca capacidade para o desenvolvimento. México era conhecido pela grande cultura Azteca e Maya, era uma sede do vice-rei; e grande famílias espanholas ali se estabeleceram.
A população indígena, na sua maioria, trabalhava incansavelmente para poder alcançar a sua manutenção. Nessas terras, um simples jovem, cujo nome era Juan Diego, recebeu uma graça que só os simples e inocentes que fazem parte do Reino de Deus conseguem receber. De caminho para os trabalhos diários, a voz e pouco usual de uma senhora, se dirigia a ele, sem mesmo saber o que queria. Nossa Senhora de Guadalupe é o lugar dos simples de Deus, Ela se manifestou por meio dos sinais mais simples que existiam: um jovem indígena analfabeto.
Nossa Senhora de Guadalupe e o jovem indígena
O encontro de Juan Diego com a bela senhora se transforma num encontro de um filho com a sua mãe: “Não sou Eu a Tua mãe?”. Guadalupe nos renova a cada dia. Em Maria, percebemos o amor de Deus por todos os seus filhos e filhas. Nos olhos da Virgem, se projeta o momento exato no qual Juan Diego apresenta ao seu bispo o manto com as rosas; e, no manto, estampada a imagem de Nossa Senhora.
Um manto chamado de “tilma”, por conta do seu material muito simples, composta principalmente de fibras de cacto, segundo os especialistas, deveria durar pouco mais de 15 anos. Entretanto, já dura quase 500, ninguém consegue explicar a vida longa desse pano. Na imagem de Guadalupe, há uma música escrita entre as estrelas e o manto, assim como após quatro grandes pesquisas não se consegue chegar a descobrir o tipo de pintura e de tinta com o qual foi plasmado este quadro.
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Rumo ao Reino dos céus!
Como no Evangelho de Lucas, podemos proclamar: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lc 10, 21).
Voltar o nosso olhar para Guadalupe é renovar a nossa caminhada rumo ao Reino dos Céus, é nos identificarmos com os pequenos, é proclamar como Maria, nossa Mãe, as maravilhas que o Senhor realiza no meio daqueles que o amam de coração sincero. Deixemo-nos conduzir pela força do Senhor! E, como Juan Diego, respondamos humildemente ao Senhor: “Eis-me aqui”.
Padre Rafael Solano