Caro internauta, o carpinteiro José e sua esposa Maria aguardam ansiosamente o nascimento de seu Menino, seu Filho primogênito, aquele que seria o primeiro de uma multidão de irmãos em sentido espiritual. Quanta alegria e, ao mesmo tempo, quanta preocupação! Certamente, José, enquanto trabalhava em sua carpintaria, permanecia em estado de contínua vigilância. Sabia ele que Sua esposa precisava de constante atenção e cuidado.
Justamente, nesse tempo, o imperador romano César Augusto redigiu um edito obrigando o recenseamento (contagem) da população de todo o seu império. Dessa forma, José e Maria, conscientes cidadãos e zelosos respeitadores da Lei, fazem uma longa viagem, para a época, até a cidade dos antepassados de José. José, um verdadeiro guerreiro, caminhava sempre à frente, puxando por uma corda o burrinho que carregava Maria em seu lombo. Maria, por sua vez, tentava, a todo instante, encontrar uma posição mais confortável para ela e para o seu Filho, que ainda estava em seu ventre. Certamente, a viagem não foi fácil para José, para Maria nem para Jesus. Foram, aproximadamente, 150 quilômetros percorridos com muito cuidado entre a cidade de Nazaré, no território da Galileia, até Belém, no território da Judeia.
A preocupação de José
Ao entrar em Belém, nem mesmo a opacidade da noite impedia de ser notada uma expressão de alegria e, ao mesmo tempo, cansaço no rosto de ambos. Alegria por já estarem nas terras de seus antepassados, e de cansaço pela má condição do longo itinerário que acabaram de fazer. Porém, a viagem ainda não havia se completado, pois José precisava encontrar um lugar seguro para a sua família passar a noite. Deixando de lado o romantismo, quanta tensão aquele pai de família não passara! A escuridão da noite, a falta de um lugar seguro para acomodar sua esposa grávida, a grande movimentação de pessoas estranhas que estavam, assim como ele, retornando para aquelas terras a fim de passarem também pelo recenseamento. Talvez, até houvesse vaga nalgumas daquelas hospedarias, contudo, José jugara inadequado para a sua esposa aquele lugar agitado e barulhento, especialmente na situação em que ela se encontrava.
Seja como for, enquanto Maria esperava à distância, sempre à vista de seu esposo, o aguerrido José batera em muitas portas antes de decidir levar Maria para o estábulo. Ele, certamente, precisou contar, pacientemente, a mesma história a todos os que o recepcionavam nas hospedarias. Todas as tentativas foram em vão, sua boca já devia estar seca de tanto explicar a condição em que sua família se encontrava! Àquela altura do campeonato, a preocupação dele já nem permitia que ele sentisse o cansaço e a fome.
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Vendo a agonia de seu esposo, talvez tivesse sido a própria Virgem Maria a propor para José, com um sorriso nos lábios, que o estábulo já estaria de bom tamanho para se acomodarem, provisoriamente, aquela noite. Vendo o sorriso de Maria, José se sentiu reconfortado, e ali se instalaram com os poucos pertences que trouxeram de Nazaré. Mal sabia José que aquela noite ainda seria bastante movimentada para ele.
Nasce o Menino Jesus
Naquele local, na mais absoluta simplicidade, Maria entra em trabalho de parto. Nem dera tempo para José descansar. Mais uma vez, ele se coloca de pé e, certamente, se colocaria quantas vezes fossem precisas, para assistir Maria. Deu-se, na pobreza daquele estábulo, na mais privilegiada das noites, o maior acontecimento que a história da humanidade pôde registrar: o nascimento de um Deus Menino, aquele que é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.
Ao nascimento de Jesus, o anjo exclamara: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (cf. Lc 2,11). São José, enfim, levou a cabo a sua missão mais importante. Por isso, ele é considerado o guardião e patrono da Igreja Católica.
Caro internauta, não deixe de recorrer a São José em suas orações, pois assim como ele guardou Jesus, ele guarda a cada um de nós, seus filhos espirituais.
Deus abençoe você. Até a próxima!