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A Virgem Maria na liturgia do quarto domingo do Advento

O tempo avançou e já nos encontramos no quarto domingo do Advento. A Liturgia aponta Maria como a mestra da esperança, aquela que é repleta de graça. Maria foi escolhida por Deus para colaborar no plano divino da salvação. Mesmo sendo elevada em altíssimo nível de santidade, ela conservou em seu coração a humildade e a simplicidade de quem sabia conjugar, como ninguém, o verbo “servir”. Em seu interior, a soberba e a vanglória não encontrara espaço para germinar.

Dessa forma, é possível afirmar que o espírito do Advento consiste, dentre outras coisas, a nos aproximarmos e permanecermos unidos a Virgem Maria. Assim como Maria viveu de maneira plena o Advento, esperando o Salvador da humanidade durante nove meses em seu ventre, também nós devemos viver em nossa vida este mesmo Advento na realidade em que nos encontramos. Toda a nossa vida deve ser um “Advento”, e Maria nos ensina a melhor maneira de vivê-lo.

Estamos no quarto domingo do Advento. Falta pouco!

Dentro de pouquíssimos dias, seremos imensamente agraciados ao contemplar o Menino Jesus reclinado em Sua simples manjedoura. Um evento que, a princípio, apresenta-se corriqueiro, porém, trata-se da maior prova de amor e de misericórdia de Deus pela humanidade, ou seja, Sua encarnação. Na noite de Natal, nós teremos a grande oportunidade de exclamar: “Estou diante d’Ele, e não há nada no mundo mais importante que isso, no entanto, quem verdadeiramente está amando não sou eu, mas Ele”. Deus me amou se encarnando!

Portanto, no presépio estará aquele que os profetas predisseram, que fora gerado no seio de uma Virgem e anunciado por João Batista. Mas isso ainda não é tudo: dentro de alguns dias, estaremos na presença d’Aquele que nos dá a alegria, que afugenta a tibieza, que renova a esperança, que transforma fracasso em vitória, que nos devolve a capacidade de sonhar.

O Evangelho de hoje narra o momento em que o anjo Gabriel aparece a uma jovem que estava prometida em casamento e que morava numa pequena cidade da Galileia chamada Nazaré. O próprio Deus enviou um anjo para dizer àquela jovem que ela participaria diretamente de todo o processo de nascimento do Menino Deus. Esta linda passagem do Evangelho nos confirma que Deus procura colaboradores e se utiliza de pessoas de carne e osso para realizar a sua obra de salvação. Inicialmente, escolheu a Virgem Maria; depois, os apóstolos, e hoje chama a todos os batizados.

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Que tal desapegarmos dos bens materiais?

Desde o início do Advento, nós vimos que muitos profetas se esvaziaram de si mesmos para anunciar o Messias que viria. Não raras vezes, perderam tudo o que possuíam: família, estabilidade, saúde, a própria vida. Até mesmo a Virgem Maria precisou esvaziar-se de si para formar Jesus em seu ventre. Seus sonhos de jovem se amalgamaram aos sonhos de Deus. João Batista, por sua vez, não se apegou a nada nem a ninguém. Seu desapego o levou a se vestir com pele de camelo mesmo sendo de linhagem sacerdotal.

De forma nenhuma é errado adquirir bens ou ter a possibilidade de desfrutá-los com sabedoria, contudo, não raras vezes, o apego desordenado ao que é material torna-se deletério para o nosso crescimento humano e nos impede de dar passos significativos na dimensão espiritual. O exercício de desapegar-se nunca é fácil, porém necessário para o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos.

Quero, assim, propor um exercício de generosidade e abnegação. Nesta semana, reserve um período do dia para verificar tudo o que você possui materialmente: roupas, livros, calçados, eletrônicos, alimentos, bens de outra grandeza etc. Não faça esse exercício apenas mentalmente, ao contrário, abra todas as portas do guarda-roupa, armários, as gavetas que existem em sua casa e, ao olhar para os objetos, vá se perguntando: “Eu realmente preciso disso?”. Você vai perceber que a tendência inicial é achar que você precisa de tudo, porém, você possui muitas coisas das quais não necessita mais.

Desapegue!

Provavelmente, você também passará pela seguinte situação: em algum momento, você encontrará coisas das quais sabe que não tem mais utilidade para você, porém, você está amarrado a ela por algum grau de apego. Chegou o momento de exercitar o desapego. Se não tem mais utilidade para você, certamente terá para outra pessoa. Separe todas essas coisas e faça uma doação. Quantas pessoas não ficariam felizes por ganhar alguma coisa de presente neste tempo de Natal? Vai fazer bem para você e para a pessoa que receber o presente. Desapegar-se, realmente, não é fácil, mas é libertador.

Para concluir, quero lhe fazer um pedido. Não deixe de indicar esse conteúdo a pelo menos três pessoas. Dessa forma, você estará nos ajudando a evangelizar. Deixe também o seu comentário aqui embaixo.

Deus abençoe você. Até a próxima!

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