entenda

Veja como nascem as superstições

Superstição vem do latim “supertitio”, que significa “o excesso” ou também “o que resta e sobrevive de épocas passadas”. Designa “o que é alheio à atualidade, o que é velho”. A expressão mais comum da superstição entre nós consiste em querer justificar certos fenômenos – explicáveis pelas leis da natureza – por meio de causas misteriosas; introduz-se, assim, o “pseudo-sobrenatural” ou o “pseudodivino” em objetos e acontecimentos naturais. E note bem: as superstições não provam as suas teses, mas supõe, por parte dos adeptos, piedosa credulidade. O homem supersticioso não se indaga sobre a existência ou não de uma relação de causa e efeito entre tal agente e tal fenômeno; ao contrário, ele a aceita como fato indiscutível.

O homem, um ser dotado de inteligência, não foi feito para aceitar às cegas tudo o que lhe é dito; nem mesmo a prática religiosa pode deixar de ter uma base racional. A autêntica religião implica sempre no desenvolvimento da personalidade humana; para isso, deve ser levada em conta, necessariamente, a capacidade de percepção do homem piedoso.

https://formacao.cancaonova.com/igreja/historia-da-igreja/conheca-historia-da-igreja-na-era-medieval/

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Veja como nascem as superstições:

“O trevo de quatro folhas é portador de felicidade”. Por quê? Pelo fato de, raramente, ser encontrado, assim como a felicidade… A analogia que é feita não implica, no entanto, em um nexo mais profundo.

“É sinal de bom agouro a ferradura do cavalo”. Isso porque outrora, em Roma, as ferraduras dos animais eram de ouro e prata; por conseguinte, encontrá-las equivalia, realmente, a encontrar um pequeno tesouro.

Leia mais:
::A Divina Providência não é sorte nem acaso
::Jogos de sorte ou apostas são permitidos para um cristão?
::A bênção que você precisa
::Você sabe como defender seu filho de um abusador?

Resta observar que muito embora as superstições sejam algo de errôneo aos olhos da razão e da fé, elas, ao menos, atestam o senso religioso nato em todo homem, que deve ser trabalhado pela verdadeira fé.

Texto extraído do livro “Falsas doutrinas” de Professor Felipe Aquino

banner the church


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino