Deus assim quis o casal humano: homem e mulher
“Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26). Isto é, Ele foi buscar dentro de Si mesmo o modelo para nos criar. Portanto, não poderia nos ter feito melhor.
E como é o interior de Deus? É amor. ”Deus é amor”, nos ensina São João (cf. I Jo 4). E, se nos fez à sua imagem, nos fez por amor e para o amor, como Ele. O amor é difusivo; isto é, sai de si mesmo e vai em busca do outro. Sabemos que Deus é uma bela família, a Trindade Santíssima: um Deus só (uma só natureza ou essência), mas que subsiste em três pessoas distintas, que se amam infinitamente.

Foto Ilustrativa: Daniel Mafra /cancaonova.com
Você pode não compreender este mistério de “um em três”, porque não pode compreender toda a intensidade do amor que é Deus. Se você pudesse entender plenamente o amor que há na Trindade, o seu mistério ficaria claro.
Ora, como Deus nos quis à sua imagem, então, fez do amor a razão de ser de nossa vida. Assim, ao estabelecer na terra a humanidade, quis que a sua essência fosse esse amor que é Ele mesmo. Isto esclarece porque ao criar o homem (= Adão), Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18).
Essa ajuda adequada seria para o homem o seu complemento, e também, alguém para amar, para se doar. É importante notar que Deus, antes de criar a mulher, tinha dado ao homem todos os seres criados, e mandado que ele desse nome a cada um deles. “Dar nome”, na Bíblia, significa tomar posse. Damos nome àquilo que nos pertence; o fazendeiro dá nome à sua vaca; a menina dá nome à sua boneca; os pais dão nome aos seus filhos.
”Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome” (Gn 2,19). Mas o livro do Gênesis afirma que tomando posse de todos os seres criados, e pondo nome a todos eles, não se achava para ele [homem] uma ajuda que lhe fosse adequada (v. 20). O que quer dizer isto, senão que faltava alguém que o homem pudesse amar e por quem fosse amado? Faltava o outro, que completaria a sua essência.
A Bíblia não deixa de dizer que foi grande a surpresa e a alegria do homem ao ver a mulher que Deus criara. Foi como um suspiro: ”Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tirada do homem” (Gn 2,23).
O alerta do Papa
Foi a primeira declaração de amor que o universo ouviu. O homem suspirou aliviado porque Deus tinha então lhe dado ajuda a ajuda adequada; isto é, a sua vocação para o amor podia agora ser realizada. Precisamos dizer aqui - com todo o respeito para com os homossexuais - que Deus assim quis o casal humano: homem e mulher.
A Igreja reconhece, e o próprio Catecismo explica, que a origem e as causas da homossexualidade são ainda confusas, mas a sua prática é classificada como ”depravação grave e intrinsecamente desordenada” (Catecismo 2357).
Quando o Parlamento Europeu, em 1994 (no Ano da Família), considerou juridicamente válido o casamento de homossexuais, podendo até adotar filhos, o Papa João Paulo II não se calou; imediatamente condenou esta prática:
“Não é moralmente admissível a aprovação jurídica da prática homossexual. Ser compreensivos para com quem peca, e para com quem não é capaz de libertar-se desta tendência, não significa abdicar das exigências da norma moral… Não há dúvidas de que estamos diante de uma grande e terrível tentação” (Discurso em 20/02/94).
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