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A festa da exaltação da Santa Cruz: celebrando a fé e a história

No ano de 312, Constantino, na batalha contra Maxêncio, viu uma cruz nos ares e, ao mesmo instante, ouviu uma voz que lhe dizia: “Com este sinal vencerás”. No dia seguinte, tomando-a por insígnia, mandou fazer com ela o estandarte imperial, e venceu a batalha, decidiu colocá-la no diadema imperial.

A festa da exaltação da Santa Cruz: celebrando a fé e a história

Crédito: SOPHIE-CARON / GettyImages

Uma busca inspirada pela fé

No ano seguinte, 313, ele declara os cristãos livres, e diz que estes não seriam mais perseguidos no exercício de sua fé, com o Édito de Milão. Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, desejava encontrar relíquias para tentar tangibilizar mais nossa fé católica. Em função disso, fez uma viagem a Jerusalém e encontrou várias relíquias, entre elas o berço do Menino Jesus e a Santa Cruz.

No caso da Santa Cruz, ela, conversando com muitos moradores, entendeu um pouco da cultura judaica, e que era costume enterrar próximo ao local da crucificação todos os objetos do criminoso que havia sido crucificado, inclusive a própria cruz. Pede, então, aos soldados romanos para cavar em vários locais do Gólgota, já que o local da crucificação já era sabido.

Santa Helena e a Santa Cruz

Descobriram vários itens até que encontraram, finalmente, uma cruz. Santa Helena tinha o costume de, para verificar se seria uma relíquia, levar um doente e ver se a oração dele diante da relíquia o curava. Como o doente não foi curado, ela entendeu que não seria o madeiro em que Cristo foi crucificado. Disse então que continuassem a cavar, e encontraram uma segunda cruz. A santa fez a mesma coisa, mas o doente não foi curado. Pediu que os soldados não parassem de cavar, até que encontraram a terceira. Ela chamou vários doentes para tocarem nela e, após estes rezarem, todos foram curados. Ela entendeu que seria então a Cruz de Cristo. Era o dia 14 de setembro de 320.

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Dessa forma, o imperador Constantino, a pedido de sua mãe, Santa Helena, construiu uma basílica no Gólgota (Igreja do Martyrium) e outra no Santo Sepulcro (Igreja da Ressurreição), em Jerusalém, e foram consagradas em 13 de setembro de 335. No dia seguinte, 14 de setembro, cinco anos após encontrar a Santa Cruz, ostenta-se a Cruz que Santa Helena havia encontrado, e começa-se essa festa tão importante na história da Igreja.

Importância dos símbolos

Desde sempre, os reis e os grandes do mundo costumavam tomar por símbolo algo que mostrasse sua referência para o mundo e, assim, com essas insígnias, distinguiam-se os exércitos e navios dos reis e imperadores.

    • Os imperadores romanos tinham por sinal ou divisa uma águia;
    • Os reis de França, a flor de lis;
    • Os reis espanhóis, uns leões e castelos;

Para nós, cristão, a Cruz é o nosso sinal porque, por meio dela, Jesus Cristo vence o inferno e a morte, remindo-nos da escravidão do demônio e do pecado. É razoável que ela seja o escudo ou a arma de Cristo e de todo o cristão. Ela é nossa arma, com a qual vencemos todo o mal, e serve ainda para nos dar a conhecer como cristãos, distinguindo-nos dos estrangeiros de nossa santa fé.

Da Cruz à vitória

Lê-se na vida de São João Crisóstomo que, no seu tempo, um leão feroz tornara-se de tal forma atrevido que, aproximando-se da povoação, causava grandes danos nos campos e matava muita gente. Vendo isso, o santo fez fixar uma cruz na entrada da aldeia, e aconteceu que, no dia seguinte, acharam o leão morto junto dela, e assim conheceram que Deus nosso Senhor, por meio da Santa Cruz, livrara-os de tão terrível inimigo.

Não tenho dúvidas de que vocês, leitores deste artigo, também possuem muitas histórias sobre a vitória da Cruz de Cristo em sua vida e louvo a Deus por cada uma delas.

Junior Alves – Missionário da Comunidade Canção Nova
Graduado em Ciência da Computação (UFRJ) e mestre em Administração de Empresas (PUC/RJ)