Escutei o pequeno Christian dizer: Pai, me leva no Júlio! E ele: Hoje, não. O pequeno insistiu, com voz chorosa: Pai, me leva no Júlio. Resposta com voz decidida: Hoje, não! Depois ouvi a mãe dizer para o marido: A propósito, estou levando o Christian para o Júlio, mas já volto. Perguntei ao Christian: A quem é mais fácil convencer, o pai ou a mãe? E o Christian, com doçura: A mãe. Ela me ajuda a mudar o pai. Como você faz para mudar a mãe? O menino revelou a estratégia: Eu choro!
A mãe explicou para a filha que as meninas são assim porque Deus assim as fez. E a filha: Deus também fez os meninos? E a mãe, com naturalidade: Deus também fez os meninos.
Dois exemplos de diálogo. Assim é a vida em família, onde o ser humano é acolhido com amor, é promovido e defendido. Nenhuma instituição faz isto melhor do que a família. Por isto, de 13 a 19 de agosto (2006), celebramos a Semana da Família, sob o lema: Bendita a família acolhedora da vida.
na Canção Nova, de 25 a 27 de agosto
Sempre de novo se insiste de que a vida em família é iniciação à vida em sociedade. Parece evidente. Mas o contrário também não é evidente? Os jovens que lotam nossos presídios tiveram uma vida normal em família?
Um jornalista me disse: Eu não vou viver muito tempo com a mesma mulher. E os filhos, sem amor estável?, perguntei. E ele: Nada a ver. Aconselhei: Se os filhos não tiverem um lar estável, reserve para eles uma cela no presídio. Pois crescerão carentes e revoltados. Logo se vingarão, agredindo a sociedade.
A família é também educadora da fé. Inclusive os filhos aprendem que seguir a Jesus é pertencer à Família de Deus, onde todos os seres humanos têm vínculos fraternos e igual dignidade. Assim como Deus criou as meninas e os meninos, também ama os brasileiros, brancos e pretos, os índios e os pardos. Ama os americanos, os árabes, os alemães e os chineses. Pois assim é a família de Deus!
Ultimamente parece que os legisladores negligenciam as leis de proteção à família, tanto do vínculo conjugal como da própria instituição familiar.
A juventude, ornada de belas qualidades, deve ficar alerta quanto às teorias vomitadas a esmo para a opinião pública. O amor, a família, as crianças e Deus são referências preciosas demais para serem trocadas por pequenos interesses transitórios. A vida é um dom precioso, que vale a pena cultivar diante de Deus e da família humana. Inclusive, disto depende a felicidade pessoal e de tantas pessoas na sociedade.
Na Semana da Família, com gratidão lembro minha mãe que sempre dizia: “Meus filhos não são meus, são de Deus”.
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