Vim trazer fogo
à terra

(LC 12, 49), No antigo testamento, o fogo simboliza a Palavra de Deus e o juízo divino que purifica o seu povo. Assim é a Palavra de Jesus: Ela constrói ao mesmo tempo, destrói o que não tem consistência, o que é vaidade e deixar somente a verdade.

João Batista dissera a respeito de Jesus: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Mt. 3, 121). Portanto é essa a missão de Jesus: lançar fogo sobre a terra, trazer o Espírito Santo com sua força renovadora e purificadora.

A missão de Jesus é minha, sua, da RCC (Renovação Carismática Católica) e de toda Igreja. Por meios dos grupos de oração podemos realizar as maravilhas que Jesus realizou e experimentar em nós os seus milagres. Gostaria muito que meditássemos o trecho bíblico que está em II Reis 2,1-18, porque ele nos aponta quatro lugares pelos quais devemos passar, para alcançarmos a poção dobrada do Espírito Santo:

1. Sair de Gálgala: é sair da vida de pecado, das vontades próprias, a falta de oração e da desobediência. Só assim Deus poderá agir em nós! Livres do pecado, estamos abertos a graça de Deus.

2. Ir para Betel: ir a “Casa de Deus”, ter intimidade com Deus, vida de oração, Eucaristia diária, freqüência ao sacramento da reconciliação e gosto pela santidade.

3. Passar por Jericó: este é o local onde se trava a batalha espiritual. Não mais contra homens de carne, e sim contra os principados, potestade e malígnos que pairam nos ares: os “espíritos imundos”. Só seremos vencedores, se tivermos saídos de Gálgala e ido a Betel, pois é neste caminho que encontramos as ferramentas e o sustento para a batalha.

4. Por fim chega ao Jordão: chegar ao lugar onde há humilhação, porque depois da cruz é o que recebemos a plenitude do Espírito Santo. Se rejeitarmos a cruz dificilmente encontraremos a Deus. A cruz aos olhos do mundo é a fraqueza, é pecado, é castigo… É, a primeira vista, o contrário de Deus.

Entretanto, na cruz, o filho de Deus nos mostra quem é Deus: “Deus é Amor” (I Jo 4,8.16).

O Espírito Santo age em nos derramando o amor. O amor é como fogo, o importante é que permaneça aceso e, para que isso aconteça, é preciso queimar sempre alguma coisa, a começar pelo nosso “eu” egoísta.

Um fogo aceso, ainda que pequeno, se alimentando, pode tornar-se um grande incêndio. Aquele incêndio de amor, de paz, de fraternidade universal que Jesus trouxe à terra.

Paz e bem!