A Eucaristia nos ampara nas dificuldades
No Santíssimo Sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo; por conseguinte, o Cristo todo (DS 1651).
Gostaria de iniciar minha colocação com essa definição dogmática da Igreja, que está ligada ao desejo de permanência contínua de Jesus Cristo com a nossa fragilidade. O sacrifício da cruz é o sacrifício do altar: tem tanto valor a celebração da Missa como a morte de Cristo na Cruz. É o maior contato com Deus que podemos ter nesta vida. O sacramento da Eucaristia é o ápice de toda a vida cristã. É a comprovação de que o Pai nos ama e nunca nos abandonará. É o gesto concreto e misterioso do amor d’Ele por nós.
Jesus permanece realizando, no meio de Seu povo – um povo novo da aliança nova –, os mesmos milagres que realizava por meio da Eucaristia. Nós temos este presente de maior importância em nossa vida. Em cada celebração, Jesus se serve da fragilidade do sacerdote ordenado para estar conosco e para que nós possamos comungá-Lo.
O mundo tem que ser melhor a partir de nossa vivência eucarística
O mundo seria melhor se os cristãos que já recebem Jesus levassem a sério essa realidade: nós nos tornamos a extensão viva do Cristo vivo que celebramos. O mundo tem de ser melhor a partir de nossa vivência eucarística. A Eucaristia nos ampara nas dificuldades, na luta pela pureza, no combate aos vícios e, sobretudo, aumenta em nós a fé, a esperança e a caridade. A Eucaristia é a saúde da alma e do corpo, remédio para todas as enfermidades espirituais.
No momento em que o sacerdote profere as palavras da Consagração, Jesus está presente, está vivo para nos livrar de todos os males e nos ajudar, para que a nossa vida se associe à vontade de Deus. Por essa razão, precisamos estar sempre preparados para recebê-la com todo amor e dignidade possível. A preparação para receber esse sacramento deve ser feita por meio da Reconciliação frequente, pois este sacramento está ligado à Eucaristia como uma forma de estarmos totalmente disponíveis ao amor de Deus.
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A adoração ao Santíssimo é um gesto que nos enche de graças e pode ser um meio de profunda conversão para sabermos em que ponto de nossa vida devemos melhorar. Essa prática deve acontecer em todas as igrejas do mundo inteiro, pois é uma fonte de graças. Quando feita com devoção, pode nos alcançar a indulgência plenária (durante no mínimo de trinta minutos), em favor de nós ou de uma pessoa que está no purgatório com o desejo de alcançá-la, e com orações pelo Santo Padre o Papa.
Nós, na realidade, somos muito limitados para entendermos esse mistério, precisamos confiar na Palavra do Senhor, que é infalível, é o Espírito Santo quem age em favor de nossas limitações. A Eucaristia está ligada à Palavra de Deus, e uma consolida a outra na busca de perfeição (Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 19-20; Jo 6, 22ss; 1Cor 11, 23-29).
Que a paz de Cristo e a proteção de Maria estejam com todos vocês.
Frei Giribone, Fundador da Obra Missionária Virgem do Carmo Peregrina – Rio Grande (RS)