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O Reino de Deus é dos pobres de coração

“Se chorei em algum momento? Depois de nove anos vivendo nas solitárias das prisões vietnamitas, injustiçado e humilhado por ser padre e bispo… Houve um dia em que chorei. Foi no dia que compreendi que a providência de Deus nunca me abandonou, e que até ali eu poderia ser feliz.” Cardeal Van Thuan, numa coletiva à imprensa.

Quando Nossa Senhora começou a aparecer em Medjugore, ela fez um pedido: que a quinta-feira fosse um dia de adoração a Jesus Eucarístico e que isso se propagasse a todas as pessoas e grupos de oração do mundo. Como filha obediente, a Canção Nova aceita a ordem da Mãe e, todas as quintas-feiras, promove um dia de adoração. Pessoas de diversas regiões do país vêm para adorar Jesus Eucarístico.

Você não imagina o quanto isso ajuda as pessoas a permanecerem firmes e a não desanimar nunca. “De maneira alguma somos de perder o ânimo”. (Hb 10,39) Ao contrário, cada novo desafio é uma oportunidade de experimentar, de maneira nova, a Providência de Deus. Toda prova vem para que a nossa fé seja testada e produza em nós uma constância ainda maior. Assim, levante a cabeça com coragem e enfrente cada dia com fé e esperança, porque Deus luta por você.

O Reino de Deus é dos pobres de coração

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Ganhei uma imagem de Nossa Senhora Mãe dos pobres. Sua aparição é reconhecida pela Igreja e ocorreu na Bélgica, mas, no Brasil, temos um santuário em Caieiras (SP). Com as imagem, comecei as refletir sobre a beleza e a graça que estão escondidas na pobreza. A pobreza e as dificuldades econômicas não são empecilhos. Também os ricos precisam ser pobres. No céu, só vão entrar os pobres e humildes de coração. Não é questão de pobreza financeira, pois tudo o que é terreno fica aqui na Terra, até mesmo o nosso corpo. O importante é ser pobre de coração.

Deus nos ampara

Como é triste ver distinção entre as pessoas. O Senhor fala que o Seu Reino é dos pobres. A Canção Nova é feita dos pobres, com os pobres e pelos pobres. Geralmente, aquele que possui bens, antes de fazer qualquer tipo de doação para a Canção Nova, senta e faz os cálculos para verificar de onde pode tirar; e ainda exige comprovantes e recibos.

O pobre entrega sem querer saber de mais nada, e dá até aquilo que não tem. Deus aí entra fazendo a multiplicação, pois o pobre conhece o “dai e dar-se-vos-á”. O desprendimento só acontece com os pobres. É preciso ser pobre na riqueza e na pobreza e dar livre acesso para Deus agir.

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Abra os olhos, porque nem todos os momentos duros da vida foram suficientemente fortes para levá-lo ao fracasso, já que a presença de Deus é maior do que todas as coisas. É bom lembrar que existe diferença entre pobre e maltrapilho. O maltrapilho não tem o que vestir. O pobre é aquele que faz as contas para ver o quanto pode e o quanto não pode gastar. Vai ao supermercado com uma listinha pronta e vai a vários supermercados para comparar os preços, economiza cinquenta centavos em uma pasta de dente ou um pacote de arroz.

Rico é aquele que não quer saber o quanto custa, porque tudo vem de graça às suas mãos. É aquele que recebe um cheque em branco e gasta o quanto quiser. Comece a enxergar que o sabor da vida está em saber o quanto ela custa. A melhor maneira de ser feliz é contribuir com a felicidade dos outros. A pobreza é luta. E a luta é bênção!

Texto retirado do livro “Administrar a própria vida – O negócio mais urgente“, de Wellington Silva Jardim