Nós somos de Deus. Quem O conhece escuta-nos, quem não é d’Ele não nos escuta. Nisso distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro. Nós sabemos que somos do Senhor, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do maligno. (1Jo 4,6; 5,19)
Imagine se um cinegrafista filmasse o mundo em que nós vivemos ou o dia a dia de nossa família. A que conclusão
ele chegaria? Essa filmagem indicaria que somos de Deus?
Pode até ser que chegasse a essa conclusão, e a filmagem terminasse com a frase “Somos de Deus”. Contudo, qual seria a pontuação utilizada ao final da oração? Reticências? Nós somos de Deus… mas vivemos como se fôssemos do encardido. Será que apareceria uma vírgula? Nós somos de Deus, porém, todavia, às vezes, de vez em quando… Será que apareceria um ponto de interrogação? Nós somos de Deus? Ou uma exclamação? Nós somos de Deus! Ou, talvez, indicando uma decisão, um ponto final: nós somos de Deus.
Se somos de Deus…
Se São João retoma essa questão tantas vezes, devemos nos perguntar que pontuação estamos colocando ao final da frase em nosso filme. Será que é uma grande interrogação? Mas essa interrogação também é necessária. Se somos de Deus, por que algumas coisas não vão bem em nossa vida? Ou por que fazemos coisas que não gostaríamos de fazer? Se somos d’Ele, por que as coisas dão errado em nossa casa? Se somos do Pai, precisamos tomar algumas atitudes que revelem realmente que somos d’Ele. O que São João mostrava, há dois mil anos, continua acontecendo.
“Nós sabemos que somos d’Ele, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno.” É muito importante
detectar se estamos sob o poder do encardido. O demônio nos faz acreditar que não somos do Senhor. Para isso, ele falsifica a nossa fé. Vejamos as falsas religiões, infelizmente muito presentes na vida das pessoas. O litoral brasileiro, com mais de oito mil quilômetros de extensão, por exemplo, é todo consagrado a Iemanjá na passagem do ano.
Há algum tempo, tive uma visão, mais precisamente quando estava à frente do programa “Tenda do Senhor”, na TV Canção Nova. Certa vez, fui fazer a “Tenda dos Quinhentos Anos” em Porto Seguro, Bahia, por ocasião dos festejos dos 500 anos do Brasil. Quando cheguei, fui ao lugar da primeira missa do Brasil e tive a visão da raiva que o encardido sentiu ao saber que a primeira coisa que aconteceu em terra brasileira, quando aqui chegaram os descobridores, foi a celebração de uma missa. O primeiro altar deste país se deu em uma praia, como a última missa que Jesus celebrou.
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Por que mudaram o nome do Brasil?
Nosso país chama a atenção do mundo inteiro, porque cresce, é rico em recursos naturais e, além disso, é um país cristão. A história do nosso país tem uma marca que o diferencia: ele está longe de guerras, de áreas desertas, dos furacões. Há uma marca do Pai neste país. E não há dúvidas de que essa marca foi seu primeiro nome: “Terra de Santa Cruz”. Aqui, a marca do Senhor aconteceu na primeira missa.
Assim como o nosso país, tenha a certeza de que você é pertença do Senhor. Acorde todos os dias com esta frase em sua boca: Sou pertença de Deus!
Trecho extraído do livro “Pertencemos a Deus”, do Pe. Léo, SCJ.