O caminho da santidade

Santos ou nada: a busca pela santidade na vida cotidiana

“Sede Santos porque Eu sou Santo”! (1Pd 1,16)

Muitos já perguntaram para alguém: “É fácil ser santo?”; ou, quem sabe, muitos já se perguntaram: “Será que eu consigo ser santo?”. Para respondermos essas perguntas, a primeira carta de Pedro nos ensina duas coisas, a saber. Primeiro: todos somos convocados à santidade; Segundo: claro que não é fácil ser santo. E se fosse fácil, não seria santidade. A santidade supõe um exercício diário de renúncias e pequenos sacrifícios. É preciso morrer para as más inclinações. É necessário morrer para a vaidade, para a prepotência, para o orgulho e para a concupiscência. É necessário morrer para a mentira! Isso nos custa muito e exige de nós fé na graça de Deus.

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Necessitamos da luz do Divino Espírito Santo, da intercessão maternal de Nossa Senhora, do testemunho dos Santos e da proteção dos Santos Anjos da Guarda. Precisamos da presença da Igreja, da ajuda da família e dos amigos. A santidade é fruto da graça de Deus e do esforço de cada um. É buscando a santidade que nos tornamos verdadeiramente felizes e realizados! Vale a pena dizer ainda mais uma palavra. É difícil ser santo, mas não é impossível! Se fosse impossível, Jesus não teria nos deixado este pedido. O Senhor só nos pede o possível, pois o impossível cabe a Ele. Nós fazemos o possível. Deus realiza o impossível. É diante dessa certeza que nós acreditamos que o maior pecador pode se tornar um grande santo.

Santidade não é para poucos!

São Vicente Pallotti nasceu em Roma no ano de 1795, partindo para a eternidade em 1850. Viveu 55 anos. De certa maneira, podemos dizer que viveu pouco. Mas, olhando para a sua história, podemos dizer que ele fez muito. Uma das coisas que ele fez foi fundar uma família, chamada União do Apostolado Católico. Nessa família, há lugar para todos os batizados. O grande desejo de São Vicente Pallotti era que cada batizado ajudasse “a reavivar a fé e a reacender a caridade”. Ele disse e deixou por escrito que nós somos “nada e pecado” por conta de nossas misérias e de nossa indignidade. Contudo, porque Deus é Amor, nós podemos e devemos buscar a santidade. Quanto mais buscamos a santidade e nos tornamos santos pela graça de Deus, mais e mais o nosso apostolado se torna fecundo. A nossa santidade inclui a busca da salvação dos nossos irmãos. Além de sermos santos, precisamos também ajudar os outros a se santificarem.

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Neste tempo, busquemos mais a santidade. Ser santo não é somente privilégio de alguns, mas uma vocação para todos: casados, solteiros, consagrados, religiosos, sacerdotes e bispos. Ao longo das semanas e, sobretudo dos domingos, a Liturgia da Palavra nos instrui e nos mostra o caminho da santificação.

Santificamo-nos à medida que oferecemos os “primeiros e melhores” frutos das nossas colheitas. Quem oferece o que de melhor tem para Deus, para a Igreja e para os irmãos, além de tornar o seu coração bom e generoso, torna-se uma pessoa semelhante a Deus Amor, pois o amor é sempre generoso. Quando oferecemos o pior, o resto, o que é ruim, tornamo-nos mesquinhos.

A graça de Deus nos sustenta na caminhada

Um outro meio de santificação é acreditar em Deus de coração, professá-Lo sem nenhum medo e invocá-Lo em todos os momentos da nossa vida. A nossa fé não pode ser mais ou menos; nem apenas racional ou superficial. A nossa fé precisa ser de coração. É pela fé convicta que teremos forças para enfrentar e vencer as tentações que aparecem no nosso caminho.

A santidade é fruto da adoração. Adorando a Deus, como nosso único Senhor e Salvador, o nosso coração vai sendo purificado de todo “fermento podre”, de todas as más inclinações e de todos os pecados. Quem adora a Deus, ouve a Sua voz e se esforça para fazer a Sua vontade. E quem faz a Vontade de Deus se torna Santo!

Na Bíblia e para o povo israelita, o deserto é o lugar para o despojamento que leva ao encontro com Deus e o lugar da “metanoia”, ou seja, da mudança, transformação e conversão da vida. Façamos a experiência do deserto espiritual. Com Jesus e com Maria, percorramos este deserto com o desejo de um profundo encontro com Deus e uma verdadeira transformação de vida. Por melhor que seja uma pessoa, sempre tem algo para melhorar. É preciso ter fé e coragem para ser santo. Ser santo significa ser de Deus e caminhar com Ele. Quem não caminha com Deus e quem não pertence a Ele, não é nada. Por isso, ou Santo, ou nada! Oxalá, consigamos optar pelo convite que o Senhor nos faz à santidade. Que fique no nosso coração este desejo: “Eu quero ser santo!”

Equipe Formação Canção Nova