Libertos de nossas amarras

Numa montanha muito distante havia uma vila que era liderada por um chefe. Aconteceu que o filho desse líder estava com fraqueza nas pernas. Então, ele conseguiu duas muletas para o filho. Mas as pessoas que moravam na vila não sabiam o que eram muletas e por que o filho dele as estava usando. Eles achavam que era porque o líder era um homem rico – e olharam para o filho dele com inveja. E todos desejaram um dia também ter duas peças dessas.

Num belo dia, uma das pessoas da vila conseguiu para o filho duas muletas. Com esses objetos eles achavam que eram pessoas civilizadas. E, finalmente, todos os habitantes da vila andavam de muletas. Até que um dia um dos filhos mais jovens perguntou por que ele não poderia caminhar com as próprias pernas. E todos achavam que ele estava louco, porque todos achavam que a forma normal de caminhar era sempre com o apoio das duas peças. Mas esse jovem deseja ir contra aquela tradição daquele lugar e diante de todos deixou as duas muletas caírem. Mas ele não conseguia mais andar sem elas, pois suas pernas estavam fracas.

Às vezes, olho para as pessoas e sinto que elas não são livres, “andam de muletas”. Muitas vezes, nós estamos curvados como escravos. Não estamos agarrados a muletas, mas aos nossos pecados, medos, raivas, solidão, ansiedade, tristeza, sentimentos de culpa, depressão, estresse. Somos escravos.

O problema é que muitas vezes achamos que o normal é viver assim. Vivemos num estado de escravidão.

Jesus, hoje, pergunta a você: “Você deseja ser curado? Ser liberto?” Cristo não vai tomar uma atitude se não dissermos “sim” para Ele.

Todos nós sabemos que ao usarmos um remédio errado ou uma terapia equivocada podemos causar um dano enorme a nós mesmos. Muitas vezes, estamos diante de Jesus e queremos dizer a Ele o que fazer. Mas não vai funcionar porque Ele nos conhece por dentro e por fora. Então, a questão é confiar no Senhor, dizer a Ele: “Eu confio em Vós. Cura-me da maneira que o Senhor achar que deve me curar”.

Às vezes, não compreendemos a maneira como Deus Pai usa para nos curar. A questão é que o Senhor tem um plano diferente para cada um de nós. A minha cura total acontece no momento em que eu me entrego totalmente nas mãos de Deus.

Muitas pessoas realmente rezam, leem a Palavra, mas esta não se torna vida em suas vidas. O que está acontecendo? Falta-lhes o “Ruah” – o Sopro que transforma a vida. Já temos o Espírito Santo por meio do Batismo e do Crisma, mas, muitas vezes, não permitimos que Ele aja. Por isso, Jesus falou a Nicodemos: “Você precisa ser batizado no fogo”. Que fogo é esse? É exatamente o fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes.

Eu preciso dessa força para não ser enganado pelo mal, para lutar contra o pecado, para continuar fazendo a vontade de Deus em tudo na minha vida. Mas quem é que vai me dar toda essa força de que eu preciso? Só se eu for batizado no Espírito Santo de Deus. Estarei, então, aberto para o Senhor realizar toda a cura em mim.