Devemos aprender a lidar com as injustiças e perdas que enfrentamos
Uma de nossas reações mais comuns diante do sofrimento é a busca de justificativas e de culpados para tais situações. Não é fácil lidar com a dor, mais difícil ainda é enfrentar perdas e injustiças. Qual o pai que, ao perder seu filho em um assassinato, não ficará revoltado? A dor humana é compreensível e não pode ser pormenorizada, porém, precisamos aprender a trabalhá-la em nós.
Diante da injustiça, a mágoa e a revolta são consequências reais, contudo, a história nos revela que tais realidades são apenas consequências da dor e não um remédio para ela. A violência sempre gerará mais violência, desencadeando assim um gradativo processo de disseminação do ódio, o qual, por sua vez, nunca encontrará o seu fim.
Lidando com ódio
Mas como finalizar esses processos inaugurados pelo ódio? Para a violência se ausentar, faz-se necessário a consciência de que um dos lados precisará ceder, perdoar.
Somos muito orgulhosos, em consequência do pecado original enraizado em nós, e, por vezes, contemplamos as situações somente a partir do ângulo de nossas próprias razões. Nunca queremos dar o “braço a torcer”, e queremos sempre ter razão nas situações. E, muitas vezes, até a [razão] possuímos mesmo, contudo, “amar significa perder para ganhar” e perdoar é abrir mão da própria razão por uma realidade mais nobre.
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As injustiças
Por mais injustiça que tenhamos experienciado, a atitude mais racional, diante dessa realidade, é o perdão. Por quê? Porque a mágoa nos torna pequenos e empobrecidos demais, além de ser a raiz de inúmeras enfermidades (segundo muitas comprovações científicas). O portador do ódio é sempre o mais prejudicado. Quando estamos magoados, pensamos na pessoa que nos causou a dor durante as 24 horas do dia e acabamos por “aprisioná-la” dentro de nós.
Aquele que alimenta o ódio enxerga apenas a si mesmo e o seu sofrimento, fragmentando assim a própria existência e deixando de lado outras realidades essenciais. Quem vive magoado não tem qualidade de vida, não tem paz.
A força do perdão
Perdoar é extinguir a trama de angústias que o ódio produz em nós, é libertar-se para descobrir a beleza até mesmo na desventura.
Sei que, em determinadas situações, o perdão não é coisa fácil, porém, perdoar é uma questão de decisão e não de sentimento. A graça de Deus não nos desampara, ela está sempre pronta a auxiliar aqueles que desejam verdadeiramente viver a reconciliação.
Não percamos mais tempo! Libertemo-nos de toda mágoa. Existe muita vida para se viver e ainda muita alegria e realização para se conquistar. Coragem!
Equipe de Colunista do Formação