A bênção do Senhor, que foi reservada durante muito tempo aos filhos de Israel, estende-se hoje a todos os povos por meio de Jesus Cristo Nosso Senhor. A sua paz está ao nosso alcance, portanto, uma ótima maneira de começar bem o ano é invocar o nome de Jesus, e d’Ele receber o dom da paz. Mas “a paz que é tão sonhada, cantada em canções tão lindas só chegará, de fato, até nós, quando ouvirmos a voz do Senhor”, que nos chama a atitudes concretas.
Por isso, quem deseja começar o ano, com leveza e paz, deve abrir o coração às novidades desse tempo e deixar para trás o que já passou. O homem que não se renova, ele perde-se, infantiliza-se. Sente-se pesado e se cansa com pouca coisa. É nobre dar ao passado o seu devido valor, mas também é sabedoria não nos prender a ele.
“Que o Senhor dirija para ti o Seu olhar e te conceda a paz” (Num 6,26)
Se o que aconteceu foi bom, ótimo! Lembremos com gratidão. Mas se não foi, é preciso entregar a lembrança a Deus e não tentarmos carregá-la nas costas como se fosse um fardo inseparável. A vida é um constante movimento; e a novidade desse tempo favorece as mudanças.
Ano novo é mais do que um fato cronológico! Por mais que, desde a pré-história, quando o tempo começou a ser dividido pela sucessão de dias e noites e o homem venha usufruindo dos benefícios de ter hora marcada; começar um novo ano é, antes disso tudo, uma oportunidade para atitudes novas. Creio que, escolher a reconciliação no lugar da culpa; e a paz no lugar da pressa é uma ótima opção nessa hora. Temos tido pressa de mais e paciência de menos para cultivar o que queremos colher. Talvez, seja por isso que, o desassossego tem batido a nossa porta quase que diariamente, roubando a nossa esperança e ameaçando a nossa paz.
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Peça bênçãos ao Senhor
É preciso calma e atitude, um homem de paz caminha devagar quando falta forças, mas conduzido pela esperança nunca para diante dos obstáculos. Seus gestos e palavras têm uma eficácia especial para promover o bem porque ele mesmo já experimentou a redenção conquistada por Cristo na cruz. Aliás, de maneira concreta, a paz foi a maior herança que Ele nos deixou na véspera de sua morte: “dou-vos a paz, a minha paz eu vou dou” (João 20,21). Portanto, tomando posse dessa herança tão nobre, vivamos cada dia como se fosse único, levando a paz que recebemos a cada um com quem encontrarmos. Isso é possível quando tocados pela graça de Deus, pois deixamos para trás o que já não nos pertence e abrimos o coração para acolhermos a bênção do Senhor, que, antes, era reservada somente aos filhos de Israel, mas hoje, pela graça de Deus, estende-se a todos os povos.