Ao final de cada ano, um ciclo termina e um ano novo apresenta-se cheio de oportunidades. No último dia do ano, o sol se põe e nasce no dia seguinte, como em todos os demais dias, mas é o dia que escolhemos ter a esperança de que o próximo ano será melhor, que nossos sonhos se realizarão ou estaremos mais próximos disso. As forças são renovadas, são feitas novas promessas e a vida se enche de propósito.
Ao fazer planos para este novo ano que está por vir, lembre-se das coisas mais simples, não se imponha apenas obras grandiosas. Dedique-se a quem está por perto. Por um momento, esqueça a ambição de salvar o mundo todo e conceda momentos de alegria à família e aos amigos próximos. Silencie seu coração, guarde um pouco da compaixão para seus próprios fracassos, aprenda a perdoar-se.
E para viver um ano novo, firme na fé, acolha, de coração aberto, os conselhos de São Paulo, o qual, por meio de cartas, ensinou “esperança” ao mundo todo, mas não uma esperança mundana, e sim “esperançar” em Cristo. Aos Hebreus, pediu que “o amor fraterno permaneça. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque graças a ela, alguns, sem saber, acolheram anjos” (Hb 13, 1-2). Lembre-se dessa lição com carinho, para que esteja pronto a ajudar o próximo. Não desperdice a oportunidade de uma boa obra para com o irmão necessitado. Se assim o fizer, será exemplo do bem e a bondade se multiplicará. Assim também Paulo nos aconselhou: “Velemos uns pelos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras” (Hb 10,24).
Neste ano novo, renove suas esperanças
Vivam o sentimento de esperança, espalhem a fé e a alegria, persistam diante da penúria, assim como Paulo pediu aos Romanos: “Alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração” (Rm 12,12). Por certo, a água benta evapora com o calor e o Círio Pascal se apaga com o vento; nessa perspectiva, tenha consciência de que as angústias da vida também atingem o povo de Deus. Contudo, tenha fé em um Pai que não abandona seu filho, em uma Mãe que roga por nós. É por essa fé que você persiste! E ainda que, por algum momento, fraqueje, Deus não abandona um coração arrependido, então, persista e ore. Desse modo, não haverá um só dia, neste novo ano, em que você será abalado.
Perdoe! Ponha em suas orações os injustos, os ingratos, os mesquinhos e todos aqueles que fazem mal a você e aos outros. São esses que precisam de orações, que precisam perceber a vontade de Deus nas boas obras. Todos nós seremos lembrados. Paulo ensinou aos Gálatas: “Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo colheremos (Gl 6,9)”. Se sua boa obra o fez sentir-se traído, se a ingratidão do outro o magoa, não desanime, insista na caridade! Chegará a hora que verá na felicidade do outro um pouco de suas ações, e será tamanha a recompensa que fará desaparecer toda a ingratidão.
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E que isso não seja tudo, mas “tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens” (Cl 3,23), foi o que Paulo aconselhou aos Colossenses. Não existem pequenas obras de caridade. Às vezes, só é preciso sorrir para alguém que se sente sozinho. E quão bom é o sentimento de receber um bolo feito com carinho! Dê um presente especial, não entregue “só uma lembrancinha”, entregue algo que diga “lembrei-me de você”; e lembrar de alguém com ternura não custa caro. E se apenas esse último conselho de Paulo tocar o seu coração, toda obra terá um significado para o próximo, só dará bons frutos e, com certeza, o próximo ano será repleto de felicidades. Então, Feliz Ano Novo!