Agradar a quem?

As pessoas mais próximas de nós costumam fazer planos a nosso respeito e querem, muitas vezes, dizer-nos o que devemos fazer. Na maioria das vezes, o fazem porque nos amam e querem nos ver felizes, mesmo que de acordo com os “padrões” de felicidade delas. Porém, nem sempre conseguem planejar o melhor para nós.

Escutá-las e acolher o amor expresso nestes conselhos é necessário; mas, até que ponto precisamos assumir os planos delas para procurar agradá-las?

É muito comum, por exemplo, que os pais escolham a profissão dos filhos, baseados na própria experiência, ou pensando no melhor que fariam de suas vidas se tivessem uma nova oportunidade. Esta atitude não deixa de ser uma expressão de amor dos genitores que querem o melhor para os filhos. Mas nem sempre conseguiremos corresponder às expectativas de todos e, em muitas situações, não alcançamos a realização nem dos próprios planos, muitas vezes, construídos a partir de nossos padrões imperfeitos.

Principalmente quando jovens, nós queremos sempre mais da vida, queremos “voar alto”, sonhar grandes coisas, vencer desafios, viver aventuras e emoções… O coração sempre quer mais e é preciso sonhar.

Deus é o único a Quem precisamos agradar, esforçando-nos ao máximo para isso. Sofri muito por querer agradar às pessoas, e, muitas vezes, senti-me incapaz por perceber que não correspondia às expectativas de muitos. Nem mesmo realizei minhas próprias expectativas de me formar, ganhar bem, ter tudo o que gostaria e muitos outros planos, os quais precisei deixar para trás.

Hoje, entendo que as minhas escolhas precisam ter o objetivo de agradar a Deus. Nas asas d’Ele posso voar alto! Ele é a Referência, pois sabe tudo de mim e me conhece melhor que eu mesma.

“Inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti” (Santo Agostinho)
Em Deus e só n’Ele encontramos a paz, a realização, a felicidade. Os planos d’Ele, sim, precisamos conhecer e viver em plenitude – este é, na verdade, o grande anseio de nossos corações.

É preciso encontrar-se todos os dias com Ele, num relacionamento de sincera amizade por meio da oração. É assim que vamos, aos poucos, aprendendo qual é a vontade d’Ele a nosso respeito, para, enfim, encontrarmos este lugar onde viveremos em paz.