Quanto vale para você:

Vale a minha vida… E o recomeçar.

Para quem não sabe, textos são escritos por pessoas. Humanas, limitadas e muito desejosas de comunicar a você uma novidade. Uma Boa Notícia. Eu, que escrevo este texto, que você lê agora, sou um trabalhador brasileiro. Daquele que anda na rua, pisa no chão, fica lendo folheto de liquidação… Corto o mato do quintal, moro numa vila, não tenho casa própria, uso transporte urbano e sonho com coisas que são muito comuns. Como você pode ver sou um privilegiado brasileiro que tem todos os dias o dever e o direito de recomeçar.

E vou buscar forças na Oração, na Missa e numa lembrança de infância que já me fez chorar. Meu pai me ensinou muito mais com seus gestos do que com suas palavras.
E ele sempre repetia uma verdadeira lição de vida… Nas noites de Domingo… Do jeito dele… Quieto num canto ele pegava uma lata de graxa preta, uma flanela bem velha e uma escova de dente usada. Ele ia engraxar os seus sapatos.

O começo da semana já estava aí. Só que era muito mais que um engraxar dos sapatos… Era o jeito de refazer suas idéias, rever planejamentos… Lembrar de compromissos, esquecidos em algum lugar da memória. Planejar de onde viria o sustento daquela semana. Ali, ele nos dizia, em seu silêncio, que não havia medo. Ele ia recomeçar mais uma batalha. Ao engraxar os seus sapatos, ele dizia da firmeza que desejava para seus passos e que nós poderíamos nos tranqüilizar.

Ele demonstrava uma verdadeira coragem de encarar a dura rotina da vida. A lata de graxa, a flanela velha e a escova de dente usada valiam muito mais que o nós, os filhos, poderíamos imaginar. Ali estava o valor da vida de quem sabe recomeçar do zero… Mais uma vez! Quantas vezes ele nem sabia por onde iria andar ou o que deveria ser feito. Mas ele nunca desistiu e prossegue até hoje. Se você for ao Rio de Janeiro… Lá na Tijuca… Num cantinho de um apartamento pequenino. Ainda está lá…

Meu valioso guerreiro… Meu pai que até hoje engraxa seus sapatos e me diz: ” – Filho ! Mais uma vez… Hora de Recomeçar!”

Faça agora uma experiência. Busque se lembrar de um gesto extremo de amor que foi feito por seus pais. Mesmo que você e seus pais não saibam… Pequenos gestos… O engraxar de sapatos, a comida simples antes de ir para a escola, a casa que foi pintada, a bicicleta, o brinquedo… E agora encha seu coração de desejo do amor e do perdão…

Pois afinal de contas:

“- Filho ! Mais uma vez… Hora de Recomeçar!”

Deus te abençoe! Será um prazer saber sua sugestão, seu comentário,
suas impressões sobre o texto, sua crítica… É só escrever!