Pais, mãos à obra: Vamos brincar!

É bom para você. É bom para seu filho, para seu cônjuge.

É bom para o momento presente (seu e de seu filho); é bom para o futuro (seu e de seu filho).

Por que você parou de brincar? Achou que já não podia mais, pois tinha crescido?
Precisou trabalhar cedo? O motivo não é tão relevante, mas a sua iniciativa concreta e imediata de mudança pode ser valiosa. O objetivo desse texto não é fazer uma exposição teórica; o objetivo aqui é de sensibilizá-los, pais, no trabalho de educação e principalmente na percepção dos sentimentos dos seus amados.

Vamos brincar? Chame seu filho. Se for o caso, chame a família, e brinquem. Eis algumas sugestões:

1. Escolha umas oito revistas de diferentes temas. Pegue tesoura, cola, uma folha de papel pardo e brinque de cortar e colar. Divida com uma hidrocor a folha ao meio e sugira algum tema que vocês considerem relevante.

Por exemplo, (a) O que eu gosto / O que eu não gosto; (b) Coisas que me assustam / Coisas que não me assustam. A família pode confeccionar um lindo quadro e conversar por que escolheram cada gravura, ou palavra.

2. Qual o seu jogo predileto, pai ou mãe? Você gosta, por exemplo, de dominó? Então, ensine ao seu filho.

Agora, peça a seu filho ou filha que ensine o seu jogo predileto. Enquanto brinca, observe: Concentração, reação quando ganha, obediência às regras, capacidade de explicar e entender as explicações. Não tente mudar ou corrigir todos os comportamentos da criança na primeira experiência. Aproveite a oportunidade para
conhecer melhor sua criança. Observe se os modelos que a criança tem na família, se apresentam as mesmas características. Um exemplo: Quando são frustradas, ficam agressivas, ou são passivas? Existem pessoas na família que são assim? Como se relacionam? Jogue novamente. Seja afetivo, ajude a criança a se sentir mais atraída pela atividade lúdica, pela brincadeira em si do que pelo resultado final do jogo. Fale dos seus sentimentos. Ouça o que a criança tem para dizer, conheça o que ela sente.

3. Bonecos ou bonecas. Escolha um boneco; aproxime-se do boneco que a criança escolheu e converse com o boneco, e não com a criança. Às vezes é mais fácil falar pelas ações do boneco, tanto para a criança quanto às vezes, até para você. Seria muito bom poder dar uma “receita”, mas não seria adequado e eficiente. Brincar é criativo e pessoal.

As sugestões que foram apresentadas aqui são muito úteis para que você se aproxime do universo da criança, para que você a ouça; são muito úteis para vocês estabelecerem contato. Portanto, faça com amor, aceitação e sempre tente primeiro avaliar-se antes de avaliar o outro.

Cláudia May Philippi – Psicóloga Clínica – CRP 2357/1
Endereço eletrônico: c.may@tvcancaonova.com

Kleuton Izidio Brandão e Silva – Psicólogo Clínico – CRP 6089/1
Endereço eletrônico: kleuton@abordo.com.br