Origem e significado do Rosário

Uma das expressões da religiosidade humana, em muitos povos e em diferentes religiões, é a reza ou meditação de pequenas fórmulas de oração de forma consecutiva, utilizando algum artifício para numeração como a contagem de dedos, gravetos, pequenos ossos, pedras etc.

Entre os cristãos, já se observa tal costume entre os eremitas e monges do deserto nos séculos IV e V. No Ocidente, essa prática toma incremento especial quando, ao fim do século X, os fiéis rezam o ‘Pai-nosso’ um determinado número de vezes consecutivas. Tal fato, provavelmente, iniciou-se em mosteiros onde os cristãos analfabetos não conseguiam meditar os Salmos juntamente com os alfabetizados, assim os superiores religiosos estipulavam a recitação de certo número de ‘Pai-nossos’ em lugar dos Salmos do Ofício Divino, que era celebrado solenemente em coro.

Com a finalidade de favorecer tais exercícios de piedade, houve um aprimoramento da confecção de correntes que facilitavam a contagem das preces. Esses cordões eram divididos de dez em dez grãos, tendo o último mais grosso para facilitar a contagem, como somente se rezava o ‘Pai-nosso’, não havia como hoje a conta maior em meio às dez menores, esse instrumento se chamou ‘Paternoster’.

Ao mesmo tempo, desenvolvia-se entre os cristãos outro exercício de piedade que consistia em saudar a Virgem Santíssima, com as palavras do anjo Gabriel em Lucas 1,28: ‘Ave, cheia de graça’, acompanhada das palavras de Isabel ‘bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de tuas entranhas’ (Lucas 1,42). – A invocação final que usamos hoje – ‘Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte’ –ainda não estava em uso na Idade Média.

Resumidamente, foi o desenvolvimento dessas duas práticas que deram origem ao Rosário de Nossa Senhora, que recitamos fervorosamente hoje, e de Deus recebemos graças particulares.

O nome Rosário diz que se deve a um relato popular de um monge cisterciense, que se comprazia a rezar 50 ‘Ave-Marias’, que saiam de seus lábios como rosas que iam aos céus e se depositavam na cabeça a Santíssima Virgem.

O Papa São Pio V (1566-1572) deu ao Rosário o formato de hoje, tanto a quantidade de orações quanto aos mistérios da vida de Jesus que meditamos. Ele atribuiu à eficácia do Rosário a vitória naval de Lepanto, que, em 7 de outubro de 1571, salvou a Cristandade ocidental de grande perigo.

Terço, como diz o nome, é a terça parte do Rosário, que consiste em 50 ‘Ave-Marias’ intercaladas por 10 ‘Pai-Nossos’.

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