Invocar o Salvador

No dia-a-dia, chamar uma pessoa por seu nome indica familiaridade. ‘E quando nos enamoramos, há um nome próprio no mundo que reflete um feitiço sobre nossos olhos e ouvidos, quando o vemos escrito na página de um livro ou quando o escutamos em uma conversa; seu simples encontro nos estremece. Este sentido de amor pessoal foi o que pessoas como São Bernardo deram ao nome de Jesus’ (R. Knox, ‘Tiempos y fiestas del año litúrgico). Como não vamos chamar nosso melhor amigo pelo seu nome? Ele se chama Jesus; assim o havia chamado o anjo antes que fosse concebido no seio materno (Lc 2, 21). Com o nome, faz-se assinalada sua missão: Jesus significa Salvador. Com Ele nos chega a salvação, a segurança e a verdadeira paz. Com quanto respeito e com quanta confiança temos de repetí-lo! Também, e de modo especial, quando nos dirigimos a Ele em nossa oração pessoal, como agora: ‘Jesus, preciso…’, ‘Jesus, eu desejaria…’.

Terminada a circuncisão de Jesus, seus pais, Maria e José, repetiram pela primeira vez o nome de Jesus, cheios de uma imensa piedade e carinho. Assim temos de fazer nós com freqüência: ‘Em verdade vos digo que, quando pedires ao Pai em meu nome, Ele os concederá (Jo 16, 23). Em Jesus os homens encontram aquilo que mais necessitam e do que estão sedentos: salvação, paz, alegria, perdão de seus pecados, liberdade, compreensão, amizade. Invocando o Santíssimo Nome de Jesus, desaparecerão muitos obstáculos e seremos curados de tantas enfermidades da alma, que pouco a pouco nos atingem. As jaculatórias tornarão mais vivo o fogo do nosso amor ao Senhor e aumentarão nossa presença de Deus ao longo do dia. ‘Senhor, eu confio em vós!’.

Junto ao nome de Jesus, temos de ter em nossos lábios os de Maria e de José: os nomes que mais vezes deve ter pronunciado o mesmo Senhor. Em nosso caminho até Deus virão tormentos, que o Senhor permite para purificar nossa intenção e para que cresçamos nas virtudes; e é possível que, por fixarmos nos obstáculos, assume a desesperança ou o cansaço na luta. É o momento de recorrer a Maria, invocando seu nome. E junto a Jesus, Maria e José. ‘Se toda a Igreja está em dúvida quanto a Virgem Maria, já que por meio dEla recebeu a Cristo, de modo semelhante lhe deve a São José uma especial gratidão e reverência.’ (São Bernardino de Sena, Sermão).

Jesus, Maria e José, vos dou o coração e a minha alma! Jesus, Maria e José, assistai-me em minha última agonia!

Lembremo-nos diariamente de acudir a esta trindade da terra.