Escolher e decidir

Começo dizendo que Deus não tem nada contra “o rico” na passagem do jovem rico (cf. Mt. 19, 16-22). A Bíblia nos apresenta um jovem que foi embora muito triste. Fico imaginando o rosto, o semblante desse jovem. Penso que as palavras de Jesus despertaram nele o valor destes dois verbos: “escolher e decidir”. Ele não havia escutado isso de ninguém, Jesus o desconcertou ao colocá-lo em primeiro plano, enquanto muitos apenas tinham interesse no que ele possuía. A escolha e a decisão do jovem foram contrárias a de Jesus, pois colocou os bens em primeiro plano. Penso que o olhar dele dizia tudo, um olhar sem brilho. É triste ver uma pessoa sem o brilho nos olhos.

No mercado de “compra e venda” existem negócios aos quais chamamos de oportunidade e quando estamos para negociar algo chega o momento em que temos de escolher e decidir. Em toda negociação acontecem essas duas coisas diante das oportunidades que surgem.

O jovem tem o futuro pela frente, um futuro que vem acompanhado de oportunidades, no qual ele tem de escolher e decidir, por isso, a importância desse aprendizado: a arte de escolher e decidir. Quando vamos aprendendo que fazer escolhas e tomar decisão são uma arte e que ninguém pode fazê-lo por nós, este aprendizado torna-se responsabilizante, as escolhas e decisões que fazemos são responsáveis pelo brilho dos nos nossos olhos.

Quero partilhar com você o que estou aprendendo com esses dois verbos [escolher e decidir]. O valor que tem as nossas escolhas e decisões, que são responsáveis pelo resultado do brilho dos nossos olhos, “o brilho momentâneo e o brilho perpetuado”. Há escolhas e decisões que dão brilho momentâneo e outras que dão brilho que se mantém por décadas e gerações. Vamos refletir, mas, lembre-se: estou “aprendendo”…

Quantas vezes o meu olhar brilhou em conseqüência de algumas situações: quando paquerei uma menina na escola, numa festa, quando a conquistei e começamos a namorar, quando aconteceu o primeiro beijo na boca, era evidente o brilho no olhar, só que foram brilhos momentâneos. Uma outra situação foi quando ganhei o meu primeiro tênis para jogar futebol, a primeira bicicleta com marcha, que também foram brilhos momentâneos. O meu primeiro emprego, o primeiro salário, aí veio a compra de uma moto depois a do meu primeiro carro (“um fusca branco ano 78”). Foram brilhos que marcaram a minha história, só que foram brilhos rápidos. Somos assim, o importante é o hoje, é aproveitar o agora, é curtir a vida!

E a vida vai passando, vamos fazendo tantas coisas e quando olhamos no espelho, cadê o brilho no olhar? Parece que o brilho vai sumindo, em alguns momentos acende, em outros, apaga, são os brilhos momentâneos.

Desde 1994 estou aprendendo a fazer escolhas e a decidir, estou aprendendo a dar respostas. O brilho dos meus olhos hoje é conseqüência das escolhas e decisões que fiz lá atrás, quando escolhi e me decidi a seguir a proposta de vida eterna que Jesus Cristo nos apresenta.

Ninguém pode escolher e decidir por você. Quanto vale então essas duas moedas depositadas dentro de você: “escolher e decidir”?

As pessoas aspiram a algo que seja capaz de dar um novo sentido para a sua vida, precisamos resgatar valores que podem dar um brilho na sociedade, quando as pessoas que nos rodeiam e que convivem conosco começarem a se despertar para essa realidade de que é possível viver assim e que não tem custo financeiro, ao contrário, é graça de Deus, é dom de Deus, isso faz com que uma explosão interior de alegria venha de dentro para fora.
Sejamos luzeiros numa sociedade que está sem brilho nos olhos.

O povo está precisando de pessoas felizes, “com dificuldades, com problemas, com crises”, mas com brilho nos olhos.

Tem Jeito!

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