Como ser Amigo?

Acolher o outro. Ter sempre um lugar disponível (amor não ocupa espaço). Procurar sintonizar, colocando-se ‘na dele’, para entendê-lo melhor. Desarmar-se diante do outro, largando os preconceitos. O amigo aceita o outro como ele é, mas não o deixa partir assim: fá-lo melhor.

Confiar. Acreditar na capacidade do outro. Nunca desencorajar alguém na caminhada. Crer muito mais na possibilidade da vitória que do fracasso.

Respeitar a opinião alheia. Não se julgar o dono da verdade, querendo sempre ter a última palavra em tudo. Quem é assim não tem condições nem de dialogar, pois não lhe interessa a opinião alheia. Continuar amigo, mesmo se o outro diverge de nossas idéias. Saber ouvir e guardar para si acontecimentos menos agradáveis sem desfazer do outro.

Ser irmão do outro. Amar desinteressada e fraternalmente, sem jamais querer aproveitar-se. Ser sensível aos problemas do outro. Saber ler nos gestos, no rosto, nas palavras, aquilo que o coração não consegue expressar.

Perdoar. Saber relevar as falhas do outro porque nós também as temos. Perdoar de coração, procurando esquecer, quando alguém nos ofende e pede perdão. Reconciliar-se é crer na possibilidade de um amor maior depois do perdão.

Ser alegre e otimista. Fazer do sorriso uma expressão de paz e de esperança. Transmitir aos outros o entusiasmo de viver. Dar aos outros a certeza de se que pode novamente ser feliz. Mostrar que trabalhar com alegria rende mais. Ter como princípio: ‘caminhar sempre, apesar da poeira’.

Não Julgar. E muito menos prejulgar, isto é, fazer um julgamento negativo sobre o outro, antes de conversar diretamente com ele ou ter provas. Não se deixar levar por ‘diz-que-diz’ ou fofocas. Desarmar-se diante do outro, eliminando todos os preconceitos. Muitos vêem uma pessoa a primeira vez e já dizem: ‘é um chato’ ou ‘não vou com a cara dele’.

Ser Serviçal. Perceber as necessidades do outro, seus interesses e anseios, e colocar-se ao lado dele. Esquecer os próprios problemas em função do amigo. Estar sempre pronto, também nas horas importunas, para ajudar e servir.

Saber ouvir. Ouvir o outro até o fim e com interesse, sem se preocupar com o vocabulário dele etc. isso descontrai o outro, diminui sua auto-censura, tornando-o espontâneo e à vontade. Ter antes tempo para as pessoas do que para as coisas.

Ajudar o outro. É na ajuda mútua que a amizade nasce, cresce e fortifica-se. Geralmente as amizades nascem em situações nas quais o individualismo não tem sentido. Por exemplo em excursões colônias de férias, trabalho de promoção humana, encontros de jovens…. Veja esta estória: ‘Quatro rapazes perdidos no mato lutaram, durante um mês para sobreviver. Atravessaram perigos inimagináveis, um deles conhecia muito bem as plantas comestíveis da selva. Outro, sabia caçar como índio; um terceiro, como construir um abrigo e o quarto era cozinheiro por excelência. Nunca se esqueceram da amizade que cresceu entre eles durante este período e falavam, depois da felicidade que tiveram lá no mato. Apresar de suas misérias.’

Fidelidade. Quem um dia deixou de ser amigo é porque nunca o foi. O amigo não abandonam nas horas difíceis.
A fidelidade gera confiança entre os amigos e dispensa promessas, boas palavras de cooperação: Por si ela prova tudo isso. Trair o amigo, mesmo entre bandidos é a maior vergonha. Mas, se um dia você foi traído na amizade não se feche. É preferível correr o risco outra vez a isolar-se. Pois isto seria empobrecer a vida, ou, pior, mutilar a vida.

Sinceridade. A amizade rejeita a mentira. Abrir-se como é sem máscaras disfarces, afetação, dramatização…

Ter uma amizade aberta. Não é possível Ter amizade íntima com todo mundo mas precisamos amar a todos.

Ser Prudente. Preferir os amigos que nos convidam para o bem e evitar os que nos querem para o mal, pois os amigos tendem a se tornar semelhantes. Imagine que você põe uma brasa de um objeto: ela esquenta… ser uma brasa de amor ‘pronto’, como a gente quer. A gente de ajudar-se a construir um ao outro.

Pe Antônio Queiroz. CSSR
JOVENS CRESCENDO COMO IGREJA