Santo Antônio, um santo muito estimado e querido na devoção popular, pelo amor que sempre dedicou e continua dedicando aos sofredores e necessitados. Entre seus devotos, enumeram-se também as pessoas que a ele recorrem para obter um casamento feliz e duradouro.
Por falar em casamento, conta-se que, certo dia, na antiga Grécia, um discípulo perguntou a seu mestre, um renomado filósofo: Para ser feliz, devo casar ou ficar solteiro? A resposta não deixou de ser significativa: Tanto faz: em ambos os casos você vai se arrepender!
O mestre teria tido razão… se tivesse acrescentado um pormenor mas será mesmo pormenor? muito mais importante: se você não souber amar. Não sendo cristão, o filósofo não podia saber que, quando se acredita e se vive no amor, em ambos os casos seremos felizes. Pois o que dá sentido à vida é justamente o amor.
Resta ver o que cada um entende por amor. De fato, se existe uma palavra que sofre de uma inflação galopante, esta é justamente a palavra amor. Ela pode esconder desde o egoísmo mais refinado, que leva a olhar para as pessoas apenas como trampolins para o meu orgulho ou como instrumentos do meu prazer, até o heroísmo mais abnegado, que me faz dar a vida 24 horas por dia.
Para facilitar a compreensão e a vivência do amor, ofereço a meus leitores uma página muito bonita, que encontrei numa revista católica, há poucos dias:
Senhor, ensina-me a amar:
Se eu não puder ser o que desejo, que eu seja o que tu desejas de mim.
Se eu não puder ser a árvore que dá frutos, que eu seja o arbusto que dá sombra.
Se eu não puder ser o rio que inunda a terra, que eu seja a fonte que dá de beber.
Se eu não puder ser uma estrela no céu, que eu seja uma luz que anima as esperanças.
Se eu não puder ser o sol que ilumina o mundo, que eu seja a fresta por onde ele penetra.
Se eu não puder ser o bosque que floresce, que eu seja o perfume de uma flor.
Se eu não puder ser a melodia que enleva, que eu seja a inspiração de cada verso.
Se eu não puder ser o vento que arrebata, que eu seja a brisa que acaricia.
Se eu não puder ser o livro que ensina, que eu seja a palavra que comove.
Se eu não puder ser o fogo que incendeia, que eu seja o óleo que mantém a chama.
Se eu não puder ser o rico que tudo pode, que eu seja o pobre que não nega nada.
Se eu não puder ser a chuva que irriga o solo, que eu seja o orvalho que umedece a flor.
Se eu não puder ser toda a bondade do mundo, que eu seja o bom que todo mundo espera.
Se eu não puder ser o amor que tudo começa, que eu seja o amor que faz chegar ao final.
Há poucos anos, João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus Doutora da Igreja. Por que? Porque são palavras do papa ela foi uma mestra na arte do verdadeiro amor. Certamente, o papa não se enganou, como o demonstra o testamento espiritual deixado por Santa Teresinha: Compreendi que a Igreja tem um coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor leva os membros da Igreja a agir; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações; compreendi que o amor é tudo.