As ruas estão iluminadas, as casas decoradas, a troca de cartões envolve todo mundo, nosso lado melhor vem à tona. O sorriso brota fácil, mais leve e mais envolvente. Gestos de ternura e perdão são espontâneos; inimigos procuram reconciliar-se… E a esperança volta a brilhar nos horizontes, nos lares e nos corações.
É Natal mais uma vez!
“Que bom seria se Natal não fosse um dia …”, já diz o Pe. Zezinho em sua música. Também me chama a atenção o que escreve Pe. Roque Schneider, “Só é eterno o que é simples”, e ainda: Só resiste ao desgaste do tempo o que é profundo. O Natal é eterno porque é simples e só resiste a estes mais de dois mil anos, porque é profundo. É vida e ternura que vêm a nós em forma de Menino.
Contemplando o presépio, suas figuras nos arrastam a Belém e, de maneira suave, algo muito bom acontece em nosso interior. Ao centro, dois bracinhos de criança, que se abrem em nossa direção, cheios de ternura e de paz, nos ensinam que é abrindo os braços na direção do outro que construímos um mundo melhor. Discreto e sereno lá está José, homem simples, trabalhador, como tantos entre nós… Dedicação, pureza, humildade e obediência a Deus movem este homem! O mundo seria bem melhor se todo Pai fosse José… Ainda no presépio, Maria reflete a luz e a paz de que a humanidade tanto precisa. Sua ternura materna irradia e consola o coração de filhos aflitos que a contemplam.
A caminho do presépio nos deparamos com os Reis Magos, que envolvidos pelo encanto do Natal, trazem em suas mãos : ouro, incenso e mirra, ou seja, o melhor que tinham consigo. Imagino que dar o melhor que temos é próprio do Natal!
Então, é Natal mais uma vez… Deixe vir à tona o que você tem de melhor guardado em seu interior. Dê hoje seu melhor sorriso, seu melhor abraço… E ame sem esperar nada em troca. Assim, deixe-se envolver pela eterna simplicidade, alegria e pureza do presépio, expressas nos bracinhos abertos do menino Jesus.
Feliz Natal!