Luta Contra o Câncer infantil

Como diagnosticar e viver com o câncer na infância?

O dia 15 de fevereiro é o “Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância”. É um momento de reflexão sobre a existência do câncer na infância e, também, para nos conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, e assim, a probabilidade de cura aumenta.

Em novembro de 2015, a equipe do Portal Canção Nova, esteve no “Grupo de Assistência à Criança com Câncer”, na cidade de São José dos Campos – SP, para o especial “Natal – revelado em gestos de amor”. Uma das entrevistadas foi Luciana Santos, 43 anos, mãe da pequena Laura Mariah dos Santos Bortoloni, 8 anos, que aos 4 anos foi diagnosticada com leucemia.

.: Conheça a história de Luciana e Laura

cancaonova.com: Como foi para você descobrir que, sua filha mais nova, estava com câncer?

Luciana Santos: O mundo desabou sobre a minha cabeça. E a primeira coisa que vinha na cabeça, quando disseram a palavra “câncer” foi: “Meu Deus! Ela vai morrer.”

cancaonova.com: Hoje, qual é o estado de saúde da Laura?

Luciana Santos: Hoje, a Laura está em remissão completa (é o termo utilizado em Medicina para designar a fase da doença em que não há sinais de atividade dela, mas não é possível concluir como cura da doença). No momento, tem vivido uma “vida normal”; pode passear, voltou às aulas e a brincar como qualquer criança na sua idade.

cancaonova.com: O câncer é uma doença que faz com que a pessoa passe por várias fases do tratamento. Então, como foi para você e  para a Laura, vencerem a todas essas etapas do tratamento?

Luciana Santos: Houve momentos de muitos sustos, idas à UTI e internações, no entanto, a Laura reagiu bem até aqui e estamos vencendo um dia de cada vez.

cancaonova.com: É um tratamento difícil, ainda mais por se tratar de uma criança, mas qual foi a fase mais difícil desse tratamento para a Laura e, também, para você como mãe?

Luciana Santos: Quando ela foi para a UTI e o médico disse que as chances eram pequenas. Essa internação foi ainda pior do que a notícia da doença.

cancaonova.com: Nos momentos de dificuldades e tristezas, onde você buscava forças para se reerguer e ajudar Laura a vencer o câncer?

Luciana Santos: Da própria Laura e de Deus, de momentos de orações e reflexões.

cancaonova.com: O que você poderia dizer para as mães que, hoje, se encontram nessa situação ao verem seus filhos acometidos pelo câncer?

Luciana Santos: Não caiam, porque nossos filhos precisam de toda a nossa força. O câncer tem cura, mas as chances da “partida” existem, por isso, vivam intensamente com eles o mínimo, com muito amor, carinho e abraços, porque  essas coisas é que são essenciais.

Câncer infantil

O câncer na fase infantil é raro, mas é a causa de morte mais frequente nessa idade. O câncer não é uma doença contagiosa e na maioria dos casos não é possível identificar, porque a criança desenvolveu um tumor.

Segundo a Associação Brasileira de Ajuda à Criança com Câncer, o câncer quando diagnosticado precocemente aumenta em torno de 80% os índices de cura, por isso, é importante que os pais observem e fiquem atentos aos sintomas e sinais da doença.

Os tipos de câncer mais comuns entre as crianças são leucemia, tumores do sistema nervoso central, linfoma não hodgkin, neuroblastoma, tumor de wilms, sarcomas de partes moles, tumores ósseos, retinoblastoma, doença de hodgkin, histiocitose e tumores germinativos.

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Sinais e sintomas:

Dores de cabeça pela manhã e vômito;
Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
Dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças;
Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas;
Aumento de tamanho de barriga;
Brilho branco em um ou nos dois olhos, quando a criança sai em fotografias com flash.

Alerta aos pais:

Os pais precisam ficar atentos aos sintomas que a criança pode vir apresentar, e ao sinal de qualquer anormalidade é preciso procurar um pediatra para fazer os exames necessários e uma avaliação.

Fonte de pesquisa: Associação Brasileira de Ajuda à Criança com Câncer (ABRACC)