No deserto das emoções
Tornou-se normalidade, nos dias de hoje, a dependência de emoções. Vamos a uma festa e não damos boas gargalhadas até alcançarmos a euforia, logo dizemos que a festa não foi boa. Se uma noiva, ao dizer o seu sim no altar não demonstrar voz trêmula e não deixa vir as lágrimas, desacreditamos de sua verdade. Se contamos a alguém sobre um novo projeto ou conquista, e este alguém não vibra conosco, sentimo-nos rejeitados.
Por que estamos sempre em busca de emoções, de sentido para nossos sentimentos? Porque somos da geração fast food, da geração 24h, da geração “faça que eu pago”.
![Vivemos em uma geração dependente de suas emoções?](https://img.cancaonova.com/cnimages/canais/uploads/sites/6/2009/10/formacao_1600x1200-dependencia-das-emocoes.jpg)
Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
Uma geração que não caminha mais em praça pública, porque é melhor uma esteira elétrica. Geração que não sente o vento no rosto, pois se acostumou com o ar-condicionado; a geração que não levanta o bumbum do sofá, porque há controle na mão
Geração BBB que, quando alguém não nos agrada, simplesmente a eliminamos. Geração que não sabe o que quer e, por isso, experimenta de tudo um pouco para ver se alcança um êxtase, nem que seja por alguns segundos. Uma geração que não dorme no silêncio e tem sempre um fone nos ouvidos com música, porque teme ouvir a voz da alma ou, quem sabe, a voz da própria consciência.
Não perca sua emoção
Quando uma geração corre atrás de seus sonhos, está aprendendo a viver em equipe, caminhando para ser resiliente e surpreender; adapta-se ao novo e está em constante mudança, num eterno adaptar-se, quebrando a cara, essa geração levanta e caminha.
Não quero, de maneira nenhuma, ser contrária à praticidade da vida moderna, mas a modernidade não pode nos aprisionar formando um muro para o natural da vida.
Portanto, não permita que, por falta de emoção, sua vida se torne um deserto. E mesmo que em alguns momentos o deserto venha, lembre-se de que a primavera não é a mesma se não passar pelo outono. Assim como a companhia não será a mesma após um deserto. No seu deserto, saia em busca do poço que matará sua sede e não voltará a ter novamente, porque a sede da alma nada mais é do que a inquietude de uma busca pelo o eterno que se chama amor; e a supremacia do amor chama-se Deus.
Equipe Formação Canção Nova