Mudanças

Como não ter medo de escolher um caminho diferente dos outros?

Essa pergunta sobre escolher um caminho nos remete à criação do homem, para entendermos por que Deus deu o livre-arbítrio para cada um, um dom divino que permite escolher entre o bem e o mal, ou seja, a pessoa pode escolher entre o certo e o errado. Esse presente tem um papel importante no plano divino, na vida de nós seres humanos, porque estamos num mundo criado por Deus para fazer escolhas que nos tornem parecidos com Ele, para exercitarmos esse poder contra as oposições de pensamentos e ações diferentes desse desejo de Deus.

As escolhas na vida são importantes, pois todas têm consequências positivas e negativas. Apesar de não controlarmos algumas situações da vida, não podemos culpar forças externas, porque nossa resposta diante dessas circunstâncias faz a diferença na história pessoal. Não estamos falando de escolhas simples, mas daquelas que trazem consequências morais e espirituais. Ser diferente no mundo atual pode ser ocasião de obedecer aos mandamentos de Deus e evitar os efeitos desoladores e devastadores por escolhas erradas.

Como não ter medo de escolher um caminho diferente dos outros

Foto Ilustrativa: BrianAJackson by GettyImages

Um caminho trilhado para alcançar Deus

A vida é um eterno aprendizado onde se escolhe como quer viver. Todos nós temos o poder de escolher, entretanto, devemos lembrar que cada opção nos leva a uma atitude. Não podemos subestimar as circunstâncias externas, as ideologias que buscam formar mentalidades de acordo, os sofrimentos físicos e familiares que estão fora do controle pessoal, a forma como somos educados, entre outras influências, pois tudo isso é real.

Diante dessa realidade, nem sempre pode prevalecer a vontade individual em prol de interesses realmente importantes, como por exemplo, uma filha que quer sair de casa, mas precisa ficar um tempo para cuidar da mãe. Entretanto, não se pode perder o alvo, precisamos acertar a rota do nosso barco, para que, mesmo que demore, possa chegar ao lugar correto. No final da trajetória, não se pode culpar terceiros pelas escolhas feitas, afinal a responsabilidade é sempre pessoal. O processo de decisão nem sempre é fácil por causa das incertezas, lembre-se toda escolha tem ônus e bônus.

Imagine as dúvidas de uma pessoa quando ela precisa escolher um caminho diferente, muitas vezes, andar na contramão da história do seu meio familiar, social ou profissional! É normal ter medo, porque a mudança nos propicia o encontro com o desconhecido. As incógnitas de um caminho novo trazem também dúvidas e inseguranças da capacidade de adaptação e absorção de conhecimentos para viver o novo. Esses sentimentos são exponenciados quando a escolha não segue o caminho da maioria.

O medo das mudanças?

Para minimizar o medo da mudança, é preciso reconhecer para si o medo da mudança, tente partilhar com alguém sobre esse sentimento, mas as vezes o caminho da decisão é solitário. Trace claramente seu plano de vida, defina seus objetivos, busque conhecer experiências diversas para enriquecer sua ação para atingir as metas. Coloque seu plano em ação e vai fazendo as alterações de curso de acordo com as necessidades, mas sem perder a rota. Atitudes de cautela e ousadia vão se alternando diante das opções, mas não deixe que a indecisão atrapalhe a sua rotina e, se preciso, for mude a rota, mas não perca o foco.

O processo de decisão requer algumas estratégias, tais como: parar para pensar nos pros e nos contras, criar tempo para recalcular a sua rota e, se preciso, reajustar suas ações. Decisões requerem dedicação e clareza sobre a natureza da mudança que precisa ser feita, portanto defina os fatores que serão afetados e como isso influenciará a sua vida.

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Muitas pessoas têm medo de caminhar sozinho, porque se limitam as opções sim ou não, esquecendo de outras alternativas que não são fáceis de ver num primeiro momento. Considerar o melhor momento para “sair da manada” pressupõe maturidade para caminhar sozinho, e se é realmente necessária a mudança.

Para, pense e aja

Nesse caminho solitário, algumas táticas podem ajudar a manter o foco diante dos desafios. A primeira dica é voltar-se para os seus valores, que são uma bússola na escolha de uma trilha, porque sempre que violamos um desses valores o incômodo interno aparece e precisa de ser trabalhado. Escolher bons ouvintes ajuda a organizar os pensamentos, portanto compartilhar com alguém as dúvidas podem ajudar na decisão, lembrando que, no final, a responsabilidade é sempre sua. Quando são decisões difíceis alguém com conhecimento teórico ou experiência pode ajudar com conselhos sábios, mesmo que as orientações não façam sentido para você, mas o diálogo ajuda a criar perspectivas e ver o problema de outra forma. Em algumas situações, é possível testar a sua escolha antes de tomar a decisão, mas, na maioria das vezes, isso é impossível, porque a vida nem sempre permite ensaio, acaba sendo ao vivo e em cores.

Voltando à pergunta do artigo, sobre como não ter medo de escolher um caminho diferente dos outros, concluímos que o medo faz parte do processo, mas ter objetivos bem definidos, um plano de ação, estratégias e táticas ajudam muito no acerto de rota. Não espere ficar motivado para fazer o que quer, porque isso pode não acontecer, faça por compromisso com seus ideais. É importante lembrar que muitas pessoas que chegaram longe não acertaram na primeira vez. A persistência, o livre-arbítrio e a escuta da intuição guiada pelos valores introjetados ao longo da vida fazem a diferença entre o fracasso e o sucesso durante o trajeto.

Um lembrete para os caminhante: de nada vale o sucesso se a pessoa se perde no caminho ou deixa de conquistar o plano que Deus sonhou para ela.

Equipe Formação Canção Nova