Não poder sair nas ruas, não ir às festas, não viajar, não encontrar amigos nem familiares. Quantos nãos! Há os que reagem de forma positiva, aceitam, obedecem e buscam conviver com as impossibilidades. Há também os que se revoltam, fogem de algum modo para não encarar os fatos.
Cenas do cotidiano marcam e ilustram esse tempo. Pessoas usando máscaras e luvas, lavando cascas de bananas, distanciando-se ao máximo uma das outras. Há também os que se acham inatingíveis, imortais, que nenhum mal poderá as alcançar.
Em comum um esgotamento físico e mental, um pavio tão curto que uma simples negativa nova somada a todas já adquiridas pode resultar numa explosão desenfreada, perdendo a razão. Um choro compulsivo, uma crise de ansiedade, um pessimismo ilimitado, um excesso de lamúria que chega a nos assustar. De onde veio tudo isso?
As diferentes perspectivas dos nãos
Antes, não me importava. Em tempos de grandes barreiras, mais uma parece esgotar, transbordar o copo cheio.
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Há autores que explicam, em suas obras, que receber um “não” pode impulsionar o indivíduo a buscar e a lutar ainda mais pelas causas em que acredita. Por exemplo: a mulher que foi descartada após uma entrevista de emprego e, por não desistir, aprimorou-se e conseguiu uma colocação melhor. O empresário que fundou uma empresa de sucesso após ouvir de seu último chefe que não servia para aquela função. Os que encontraram um verdadeiro amor após uma negativa no relacionamento anterior, e assim segue.
Na fé, encontramos nosso refúgio, o cuidado de Deus conosco em todos os momentos sem desanimar. “O justo passa por muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas” (Salmo 34,19). Depois de muito observar, sentir, sofrer, penso que o melhor caminho é o da aceitação, sempre acreditando que dias melhores virão.
Hoje, a resposta foi NÃO, mas amanhã poderá ser SIM.