Uma notícia súbita. Nem parece verdade que aquele alguém tão querido nunca mais vai poder ser visto. Não poderemos conversar nem sorrir ou chorar juntos. Acabou. Nossa vida é invadida por uma enorme sensação de vazio e nossa mente assolada por inúmeros questionamentos e lembranças. É tudo tão confuso! Só queríamos que não tivesse acontecido…
Sem a pessoa, aprendemos a viver e descobrimos que é preciso recomeçar, mas a saudade fica. Nosso coração anseia pela oportunidade de podermos reencontrar esse alguém, ter qualquer notícia… Qualquer coisa! Qualquer coisa que mate esse grande vazio que ficou; e acabamos por nos deixar envolver por tudo e por nada, e acreditamos e nos apegamos até mesmo nas mentiras por estarmos sensíveis e vulneráveis.
Quando se perde alguém precisamos de Deus
Nesse momento, aparecem pessoas que nos animam, dizendo ter notícias. Alguém psicografou para nós! Que alegria! A pessoa que partiu sempre diz ao médium que está bem, em um bom lugar e, às vezes, que está com saudades de nós. Diz também que não nos preocupemos e que continuará a manter contato. Era tudo o que precisávamos, certo? Errado!
Precisávamos de Deus! Somente de Deus, o único capaz de preencher o vazio do nosso coração e cuidar de nós quando nos sentimos tristes e com muitas saudades de quem partiu. E precisávamos de Deus presente na nossa família e nos amigos que ficaram conosco. Não de mentiras, não de ilusões que parecem acalentar nosso interior, mas que nos afastam da verdade revelada por Jesus e nos confundem.
Não podemos nos deixar enganar
Jesus deixou bem claro, na parábola de Lázaro e o rico, que não existe a possibilidade de quem faleceu se comunicar com quem está vivo, nem a possibilidade de voltar. E se isso fosse permitido por Deus, o falecido que quisesse falar conosco mandaria recado, carta, por alguém?! Para quê? Por quê? A resposta mais comum é: não temos a sensibilidade espiritual que os médiuns têm para isso. Não é essa a verdade! A verdade é que essa comunicação é falsa. E se não tem a autorização de Deus, como bem explicou Jesus na parábola, de Deus não procede. Não podemos mais nos deixar enganar pelo inimigo de Deus, que, ao nos confundir, quer nos levar a perder a salvação conquistada por Jesus.
Precisamos crer na vida eterna. Jesus nos ensinou que quem crê n’Ele não morre, vive eternamente no lugar que ele mesmo preparou no céu. Se os nossos amados que partiram acreditavam nele e se esforçavam para viver como ele viveu, com certeza estão desfrutando das alegrias do céu, para sempre na presença de Deus. Se não tiveram uma vida totalmente coerente com o Evangelho, mesmo assim, precisamos acreditar na ação da misericórdia de Deus, também movida pelas nossas orações, para salvá-los, após um tempo de purificação (purgatório).
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Que tenhamos a coragem de prosseguir firmes no caminho de Deus mesmo em meio às dores da perda dos nossos. Que possamos aprender a deixar Deus transformar nossa tristeza em saudade e, da mesma forma, até nos alegrarmos pela certeza de que os que partiram estão para sempre junto de Deus. E que o Senhor nos livre da curiosidade e atração pelo sobrenatural que afasta do céu. Pois aqueles que se deixam levar por coisas que Deus proibiu correm o risco de receberem a condenação eterna (inferno), ficando para sempre longe de Deus. Se até o momento isso não era sabido, podemos nos arrepender e, a partir de agora, abandonar tudo isso!
O lindo é pensar que, um dia, poderemos nos encontrar sim, de verdade, no céu! E naquele momento, entenderemos tudo o que, na hora da dor, a nossa inteligência não alcançou. Então, finalmente, compreenderemos que passamos pelo sofrimento da cruz, como Jesus e com Ele ao nosso lado, e que, enfim, tudo valeu. Tudo foi crescimento espiritual e amadurecimento. E juntos daqueles que amamos, poderemos ter a alegria suprema de contemplar Deus face a face.