Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou?

Decepção

“Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4).

Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos trazendo esse terrível sentimento: a decepção. Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e nós precisamos aprender a bem administrá-lo.

Em algum momento de nossa história, todos nós nos decepcionamos, todos experimentamos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos”. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado, poderá nos marcar com desastrosas consequências.


Assista: O que eu faço com tanta decepção?


A decepção é um profundo veneno e, quando faz morada no coração, tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando, assim, o sentido de nossos esforços e crenças. Por isso, precisamos sempre contra-atacar esse sentimento.

Antes de tudo, é preciso destruir definitivamente alguns chavões: “homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “meus namoros nunca dão certo”, “eu não paro em nenhum emprego”, “o casamento é ilusão, na prática não funciona” etc. É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.

Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles “não prestam”. Há, sim, homens bons. Não é porque o casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não deu certo, que o casar-se tornou-se uma utopia irreal. Não é porque você se decepcionou uma vez, que irá se decepcionar sempre. Nem todas as pessoas são ruins e falsas.

Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso não se tornar escravo(a) da decepção, acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus! É preciso tentar de novo, recomeçar.

Amanhã tudo poderá ser melhor, pois, a cada dia que se inicia, Deus nos dá a oportunidade de reescrever nossa história e, com Ele, poderemos dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.

Deus é fiel e, diante das desventuras, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar e não parar na decepção. É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar. É preciso acreditar sempre!

(Extraído do livro: “Respostas para o jovem PHN”)