“Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.”
(1 Timóteo 4:12)
Cristo nunca nos pediu ou nos pede algo que não seja possível alcançarmos. Sim, às vezes, parecem metas muito altas e inatingíveis, e de fato são, se tivermos um olhar apenas focado nas nossas capacidades. O que nos esquecemos é de que tudo é graça, e quando nós nos abrimos a ela, a suplicamos e colaboramos com a sua ação, o que para nós era impossível torna-se possível. Tudo isso pra dizer que contrário a uma mentalidade mundana, a vivência da castidade é possível e alcançável, e isso é tão real que somos motivados pela Palavra de Deus a nos tornarmos modelos na castidade.
Com certeza, sem exceção, todos trazemos desafios na vivência de uma sexualidade equilibrada, centrada e sadia. Pois trazemos resquícios de vivências, vícios e dependências, de acontecimentos, dos quais, muitas vezes, fomos vítimas. Sem contar com o “bombardeio” de estímulos sexuais que recebemos de maneira tão apelativa nas mais distintas realidades. Mas calma! Existe um “remédio”, existe uma virtude capaz de equilibrar, restaurar e nos libertar. A castidade é uma virtude sobrenatural, ligada a virtude da temperança e que realiza um efeito extraordinário que trás como consequência a vivência de uma sexualidade equilibrada e elevada pelo amor.
A virtude sobrenatural da castidade
A castidade significa a integração conseguida da sexualidade na pessoa, e daí a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher (CIC 2337).
Por se tratar de uma virtude, precisa ser desenvolvida, e para isso precisamos buscar elementos essenciais. Uma vida sacramental estabelecida (Confissão e Eucaristia), um distanciamento das ocasiões de queda, que chamo de “zona de risco” (conteúdo que consumimos, perfis que seguimos, séries que assistimos, conversas e contatos carregados de segundas intenções), alimentar nosso intelecto e nossa alma com conteúdos que nos elevem, a começar da Sagrada Escritura e livros de espiritualidade. Tudo isso colabora diretamente com o desenvolvimento da virtude da castidade. Lembrando que viver a castidade não se trata apenas de fazer algo ou deixar de fazer, mas de viver nossa sexualidade dentro do perfeito e belo propósito de Deus.
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Não estamos falando de um “ato mágico”, e sim de esforço, acompanhado de uma decisão e sempre apoiados na graça de Deus.
Você pode ser modelo de castidade
A história da Igreja é marcada por “modelos de castidade”, homens e mulheres, jovens com diferentes idades e vivendo em diferentes contextos. Para cada época, o Senhor suscitou pessoas que se tornaram modelos, não pelos seus méritos, mas pela graça.
Já parou para pensar que Deus te chama a ser modelo? Mas isso porque Ele está primeiramente interessado na sua felicidade, na sua liberdade e na sua dignidade e especialmente na sua salvação porque: “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8).
Não é tarde para recomeçar e se decidir pela castidade porque Cristo tem uma vida em abundância para nos oferecer. Aquilo que é impossível para nós é possível para Deus! As quedas estão presentes na nossa vida, somos fracos, mas nos conformarmos com elas; e parar de lutar significa minimizar a ação do poder de Deus em nós. Creia, levante, recomece e experimente o que o Senhor é capaz de fazer na sua vida! Torna-te modelo…
Tiago Marcon – Comunidade Canção Nova